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Senador que morreu por complicações da Covid-19 minimizou isolamento social

Senador que morreu por complicações da Covid-19 minimizou isolamento social
Foto: Pedro França/ Agência Senado

O senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ), que faleceu nessa quarta-feira (21) por complicações em decorrência da Covid-19 (veja aqui), era crítico ao isolamento social. A medida foi muito recomendada pelas autoridades de saúde como forma de conter a transmissão do coronavírus, especialmente nos períodos mais críticos da pandemia.

 

Segundo informações do portal Poder360, o parlamentar costumava apoiar os pronunciamentos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), habitualmente contrários às autoridades médicas.

 

"Os números do vírus chinês no mundo e no Brasil demonstram a inutilidade do isolamento social. Autoridades, alarmistas por conveniência, destruíram o setor produtivo e criaram milhões de desempregos. O presidente Jair Bolsonaro, isolado pelo STF, estava certo desde o início", compartilhou o senador no Twitter no dia 19 de abril, quando a curva de casos e mortes pela doença estava em ascendência no Brasil.

 

"Não sejamos idiotas", disse Arolde de Oliveira em outra postagem. "Na Itália o clima está frio, população idosa, elevado número de fumantes. Não é nosso caso. O Brasil não pode parar", compartilhou na mesma rede social no dia 11 de agosto. 

 

O tempo mostrou que a situação do Brasil, que já era grave em abril e em agosto, ainda tinha muito a se agravar. Dados atualizados na manhã desta sexta-feira (22) apontam que o país tem 155,4 mil mortos pela Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, enquanto a Itália perdeu 36,8 mil vidas para a doença.

 

Além disso, no final de agosto, uma reportagem publicada pela Agência Pública mostrou que o Pleno.News, site do Grupo MK, que pertence à família do senador, "é um dos portais religiosos que mais publica material desinformativo". A declaração é da jornalista Magali Cunha, doutora em ciências da comunicação e integrante do Coletivo Bereia, iniciativa de checagem de fatos publicados em mídias religiosas. Um exemplo de manchete mentirosa publicada pelo portal dizia que o "Sol forte pode matar coronavírus em 34 minutos". 

 

De acordo com a publicação, a esposa do senador é CEO do Grupo MK, e a filha dele, Marina Oliveira, é uma das principais artistas agenciadas pelo grupo. (Atualizada às 8h32)