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Otto e Coronel defendem convocação de Chico Rodrigues no Conselho de Ética

Por Ailma Teixeira

Otto e Coronel defendem convocação de Chico Rodrigues no Conselho de Ética
Foto: Reprodução/ Ipolítica

Membros titulares do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, os senadores baianos Otto Alencar (PSD) e Angelo Coronel (PSD) defendem que a situação do colega Chico Rodrigues (DEM-RR) seja discutida pelo colegiado (saiba mais aqui). O parlamentar foi afastado do mandato por determinação do ministro Luís Roberto Barroso (veja aqui), do Supremo Tribunal Federal (STF), após ser flagrado escondendo R$ 15 mil entre as nádegas e mais R$ 17 mil dentro da cueca.

 

O parlamentar foi alvo de mandado de busca e apreensão na quarta-feira (14), no âmbito da Operação Desvid-19, deflagrada pela Polícia Federal (PF) para combater o desvio de emendas parlamentares destinadas ao combate à pandemia (saiba mais aqui).

 

Diante da exposição do caso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) o destituiu do posto de vice-líder do governo no Senado e o ministro do STF determinou seu afastamento da Casa. Mas essa última medida gerou questionamentos entre parlamentares.

 

O argumento utilizado por muitos é de que tamanha decisão não poderia ser tomada pelo Judiciário. "Eu tenho aquela premissa comigo que um poder não pode interferir no outro. Quem afasta senador é o próprio Senado. Não é Supremo nem tampouco decisão monocrática", disse o senador Angelo Coronel ao Bahia Notícias. Ele ressalta que não pretende fazer uma defesa de Rodrigues, pois reconhece a gravidade da situação apontada, mas pondera que o colega deve ter direito ao contraditório.

 

Neste ponto, a opinião que senador Otto Alencar compartilhou é semelhante. Otto não comentou a decisão do STF, mas, em vídeo enviado ao SBT nessa quinta-feira (15), disse esperar que o parlamentar seja convocado a prestar esclarecimentos sobre a situação que classificou como "lamentável".

 

De acordo com Coronel, essa convocação depende do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que deve adotar a medida imediatamente. "Eu estou querendo que o conselho seja aberto para convocar o senador Chico para que ele possa vir dar suas explicações e depois deliberar, dar o veredito se ele merece ser cassado ou não", frisa, acrescentando que "o Supremo não é o dono da razão".

 

Já o senador Jaques Wagner (PT), também membro do Conselho de Ética, ainda não se pronunciou. A assessoria do petista disse ao BN que ele aguarda a bancada se reunir para analisar o tema, pois não irá se posicionar de forma isolada sem uma deliberação prévia. A reunião, no entanto, só deve acontecer na semana que vem.