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Apenas 11 partidos preencheriam as 43 vagas na CMS se dependesse das próprias projeções

Por Matheus Caldas

Apenas 11 partidos preencheriam as 43 vagas na CMS se dependesse das próprias projeções
Foto: Matheus Caldas / Bahia Notícias

Com as eleições municipais marcadas para o dia 15 de novembro, os partidos já projetam quantas cadeiras desejam ter no próximo ano na Câmara Municipal de Salvador. Como são 33 siglas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Bahia Notícias considerou apenas as 19 que possuem vereadores em Salvador. Desta forma, com as projeções otimistas dos dirigentes, apenas 11 siglas já preencheriam as 43 cadeiras do Legislativo soteropolitano. Todos os 16 partidos consultados somam 59 assentos, 16 a mais do que os disponiveis - sendo que duas agremiações preferiram não fazer prognósticos.

 

Para fechar esta lista, o BN conversou com os presidentes municipais de 16 partidos com representação na CMS. Presidente municipal do MDB, Geraldo Jr. não atendeu às ligações da reportagem – a sua assessoria de imprensa, por sua vez, também não respondeu as mensagens enviadas pelo site. Dirigente do PSC na capital, Erivelton Santana também não atendeu às chamadas do BN. Já o representante do DC, Toinho Olívio, não foi encontrado para repercutir sobre o assunto.

 

Dos 16 partidos contatados pelo Bahia Notícias, dois afirmaram não fazer projeções sobre o número de cadeiras pretendidos na Câmara: PT e PSD.

 

Para o presidente municipal da sigla, Ademário Costa, é necessário “atentar mais para a ciência política que para a futurologia”. “O que podemos dizer é que o PT vai crescer e surpreender nas urnas. Tenho certeza que será um dos melhores resultados do partido na proporcional na história. A diversidade é gigantesca. Quase 10% da chapa é composta por professores. Com a diversidade que conseguimos montar a proporcional, o PT vai ser um dos maiores partidos no voto de legenda. Vamos ficar no top 3 neste quesito, vislumbrou.

 

Já para o chefe do PSD em Salvador, Edvaldo Brito, é uma “arrogância” fazer este tipo de projeção. “Uma coisa é o partido ou o candidato à majoritária elencar uma rabeta enorme de 600, 700 ou 900 candidatos para garimpar votos na expectativa de formar o quociente partidário. O que eu quero condenar é essa coisa da arrogância”, opinou. “Nós temos consciência de que é uma eleição atípica, a primeira que se faz, portanto, depois de alguns anos em que estivemos sob o regime de coligação. Por isso, o partido, com toda humildade, está respeitando a vontade do eleitor”, acrescentou.

 

Confira abaixo as projeções de cada partido:

 

Arte: Priscila Melo / Bahia Notícias

 

Abaixo, confira as explicações de cada dirigente das siglas:

 

DUDA SANCHES - DEM
“Hoje já temos a maior bancada e pretendemos fazer esses 10 vereadores. O partido se equilibrou com nomes de alto quilate e esperamos uma votação muito expressiva. E temos um diferencial: temos o candidato que vai ganhar as eleições, muito forte. Esperamos uma votação de legenda natural na chapa que é a mais forte. Então, esperamos isso. Só o voto de legenda, Bruno deve eleger mais dois vereadores e ajudar um terceiro.”

 

SILVIO HUMBERTO - PSB
“Estamos trabalhando com a perspectiva de três, que é manter os dois e fazer mais um. Num cenário excelente, quatro. O que a gente aposta é no crescimento por termos a vice na chapa de Denice [Fabíola Mansur]. Então, isso pode aumentar nosso esforço pro voto de legenda. Além disso, o apoio da chapa. A ideia nossa é o fortalecimento da chapa e o envolvimento de mais de 100% da militância do partido sob a liderança da deputada Lídice da Mata, e outros nomes importantes”.

 

LEO PRATES - PDT
“Esperamos fazer cinco candidatos. Nosso diferencial é que estamos com chapa completa, com mulheres extremamente competitivas. Estamos com vários quadros... uma molecada boa. Achamos que temos tudo para alcançar essa meta. Temos voto de legenda, tempo de televisão e a candidata a vice na chapa mais forte.”

 

FÁBIO SOUZA - SOLIDARIEDADE

“Aqui a gente busca fazer, pelo menos, dois vereadores certos. Eu busco a reeleição, mas nunca podemos desprezar outros candidatos. Temos candidatos novos, mulheres boas de voto. Então, temos que trabalhar para não ficar para trás.”

 

ABÍLIO SANTANA - PL
“Tudo diz que faremos três vereadores com probabilidade de fazermos quatro. Seria imprudência denominar quem são.”

 

CARLOS MUNIZ - PTB
 “Com todo o prejuízo que a nacional está trazendo, vamos fazer três vereadores. Se não tivéssemos esses problemas, iríamos lutar pra fazer a quarta.”

 

CEZAR LEITE - PRTB

“Como o partido é de direita, conservador, é o único partido ligado em ideias e valores ao presidente Bolsonaro. Baseado no quantitativo de votos deles em Salvador, precisamos converter pra nossos vereadores. Pensamos que devemos conseguir, no mínimo, duas cadeiras.”

 

CRIS BARROS - PSOL
“A gente trabalha na perspectiva de manter a vaga do vereador Marcos Mendes, mas também de ampliar nosso espaço. A gente tem a perspectiva de eleger três ou quatro, além da reeleição de Marcos. Temos os mandatos coletivos, que são situações interessantes, e eu acho que estamos bem. Temos uma majoritária bem representativa, mas a proporcional vem forte também.”

 

CRISTIANE CORREIA - PSDB
“A gente montou o partido para fazer, no mínimo, três vereadores. Conseguimos manter um grupo coeso e unido. Portanto, acreditamos que consigamos atingir essa meta. Estamos num momento atípico, com uma campanha diferente dos moldes que estamos acostumados, mas montamos o partido para entrar forte.”

 

JOCEVAL RODRIGUES – CIDADANIA*
“Temos a meda básica de repetir as duas cadeiras. A meta excelente é três. Na última, quase fizemos o terceiro. Então, estamos agora repetindo toda a estratégia que nos levou em 2016 a este feito inédito.”

 

JURANDIR JR. - PCDOB

“A nossa meta é ampliar nossa participação. Temos duas. Estamos vendo se conseguimos garantir três cadeiras. Temos uma chapa completa com 65 nomes e impulsionados também com a nossa candidata [Olívia Santana]. Nosso partido está muito empolgado.”

 

LUIZ CARLOS - REPUBLICANOS    
"A nossa projeção é de quatro a cinco vereadores. Isso vai depender muito da performance de cada candidato, dos votos válidos que teremos na próxima eleição. Acredito que, em função da pandemia, haverá uma abstenção maior e, talvez com isso, diminua o coeficiente, que na eleição passada foi 29%. A estimativa é que caia pra 27%. Dentro dessa perspectiva, faríamos quatro ou cinco tranquilamente."

 

JEAN SACRAMENTO – PATRIOTA
“Esperamos em Deus, e contamos com o apoio da população de Salvador, para elegermos quatro ou mais vereadores em nosso partido, já que contamos com várias das principais lideranças de nossa amada cidade.”

 

CARLOS MOURA – PODEMOS
“Estamos projetando entre quatro e seis candidaturas, se tudo correr bem. A gente já tem a expertise. O que temos feito? Temos saído sem coligação. Estamos indo para a terceira eleição assim, ao contrário dos demais partidos que só agora farão isso por força de lei.”

 

*Joceval Rodrigues é presidente estadual do Cidadania