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Uma semana após caso de racismo, PT-BA repudia ato de filiada e executiva de Curaçá

Por Lucas Arraz

Uma semana após caso de racismo, PT-BA repudia ato de filiada e executiva de Curaçá
Presidente da sigla, Éden Valadares | Foto: Reprodução / PT-BA

192 horas. Esse foi o tempo que a Executiva do PT da Bahia levou para responder o caso da filiada da sigla em Curaçá, filmada chamando um policial negro de macaco. O partido comandado no estado por Éden Valadares emitiu uma nota repudiando o caso nesta quinta-feira (24), em tom similar ao adotado pelo governador Rui Costa para reprimir a ação (veja aqui). Até o momento, apenas a Executiva municipal da sigla tinha se pronunciado. Em nota nas redes sociais, o PT em Curaçá disse ser cultural chamar um policial de macaco na região (lembre aqui). 

 

“Acreditamos que é inadmissível a lembrança do uso do termo 'macaco' empregado pelo cangaço para se referir a policiais e pistoleiros que o perseguiam. O termo sobrevive no linguajar popular do norte baiano e em outros estados do Nordeste, mas registra um período histórico que não se encaixa no contexto utilizado contra um policial negro no exercício do seu trabalho”, diz a nota da Executiva estadual. 

 

O partido também pediu desculpas, em nome de todos os seus militantes, a vítima da injúria racista: “Aproveitamos para mais uma vez repudiar a injúria racial e a violência física denunciada pelo policial. Reafirmamos o nosso compromisso com o combate ao racismo, com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Contamos com que a justiça traga luz ao caso. A luta contra o racismo exige de todos nós compromisso para dar um fim às sequelas do passado colonial no país.”

 

A defesa do PM agredido e chamado de “macaco” durante uma ocorrência no bairro Vale dos Lagos, Salvador, na quarta-feira (16), prometeu que irá processar o presidente do PT de Curaçá e toda a diretoria da sigla envolvida na aprovação de uma nota de apoio a agressora, identificada como Libânia Maria das Torres. No perfil do Instagram, o PT municipal de Curaçá, alegou que o termo utilizado por Libânia para ofender o policial “não é racismo”.