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Ao tratar de eventual colapso do transporte, ACM Neto cobra atuação do Congresso

Por Fernando Duarte

Ao tratar de eventual colapso do transporte, ACM Neto cobra atuação do Congresso
Foto: Valter Pontes/ Secom-PMS

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), voltou a falar sobre a recomendação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) para que a capital baiana passe a ter 100% da frota de ônibus nas ruas. E manteve o tom crítico, falando que a conta é impagável (lembre aqui). No entanto, nesta quinta-feira (24), durante a ordem de serviço para mais um viaduto no complexo do BRT, o gestor citou o Congresso Nacional e os políticos de Brasília por adiarem tratar do eventual colapso do sistema de transporte público no país.

 

“Há pouca atenção das autoridades de Brasília com relação a esse assunto. As cidades podem parar ou que as prefeituras vão quebrar”, pontou o prefeito. ACM Neto garantiu que não é o caso de Salvador até o final do ano, porém o próximo prefeito terá o desafio de lidar com o problema. Atualmente, uma das concessionárias que administração o modal na capital baiana está sob intervenção da prefeitura, seis anos após a licitação do serviço.

 

O prefeito reforçou que o pedido do MP-BA de 100% da frota em funcionamento seria o “ideal”. “Às vezes, o Ministério Público olha apenas uma só ótica, a ótica do ideal. Não do que é possível. Às vezes na prefeitura, a gente consegue fazer o impossível. Mas não é sempre que a gente consegue fazer o impossível”, justificou ACM Neto, ao reportar que 80% dos ônibus atualmente trafegam com cerca de 55% dos passageiros.

 

“O que deseja o MP? Que para 55% dos passageiros, tenha 100% da frota. Era o que eu queria? Sim. Se eu pudesse, os ônibus da cidade rodariam com metade da capacidade. Isso é possível? Não é. Nem em Salvador e em nenhuma cidade do Brasil”, completou.

 

CHEIRO MOLE

O prefeito comparou ainda a conta do funcionamento do transporte público a uma mãe é obrigada a escolher entre comprar carne para que a família coma todos os dias da semana e ter comida. “Tenho marcado pesado com a Secretaria de Mobilidade para ver as linhas críticas, para evitar a superlotação dos ônibus. É óbvio que se qualquer um fizer uma enquete, todo mundo vai dizer que quer 100% da frota”, pontuou ACM Neto.

 

“Vocês me conhecem. Vocês não vão me ver jogando para a plateia, com cheiro mole. Não vou ficar com proselitismo”, indicou o gestor.