Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Geral

Notícia

Wagner apresenta voto de censura à visita de Mike Pompeo ao Estado de Roraima

Wagner apresenta voto de censura à visita de Mike Pompeo ao Estado de Roraima
Foto: Reprodução / Agência Brasil

O senador Jaques Wagner (PT) apresentou nesta segunda-feira (21), durante audiência da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, voto de censura à visita do secretário de Estado americano, Mike Pompeo, ao estado de Roraima. Para ele, a presença inusitada causou surpresa e indignação e teve como objetivo único provocar a Venezuela e pressionar a participação do Brasil no sentido de inviabilizar as próximas eleições legislativas do país vizinho. 

 

“Não foi um ato corriqueiro. O senhor Mike Pompeo visitou exatamente Colômbia, Brasil, Suriname e a Guiana. Ou seja, o entorno da Venezuela, a quem eles querem ameaçar a eleição legislativa, que ocorrerá em dezembro. Ele chegou em Boa Vista e fez questão de ir perto da fronteira para que o governo da Venezuela pudesse ouvir as suas bravatas. Usou o solo nacional, ferindo a Constituição brasileira. Nós não somos base dos EUA aqui”, destacou Wagner. “Melhor seria se o Departamento de Estado Americano estivesse em Brasília para discutir com o ministro da Economia a restrição ao aço brasileiro e a liberação audaciosa do etanol para importação”, completou. 

 

Para o parlamentar, é um absurdo que esse monitoramento esteja sendo admitido, transformando o Brasil numa espécie de quintal. “Queremos uma relação com os EUA, mas que seja construída com absoluta independência. Meu voto de censura é pela forma como essa visita foi feita. Inapropriada, fora de tempo e fora de lugar para usar o solo nacional para ameaçar o povo venezuelano”, disse. “Sugiro, ainda, a criação de uma comissão brasileira, aceita pela Venezuela, para que o caos não se instale e a gente não consiga mais, sequer, opinar”.