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Após reduções, Banco Central mantém Selic a 2% ao ano

Após reduções, Banco Central mantém Selic a 2% ao ano
Foto: Reprodução / G1

Conforme sinalizado ao mercado na reunião anterior, o Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) a 2% ao ano nesta quarta-feira (16).

 

Na decisão passada, em agosto, quando a autoridade monetária reduziu a Selic em 0,25 ponto, o comunicado sinalizou que o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houvesse, seria pequeno e seria feito de forma mais gradual, segundo a Folha da São Paulo.

 

Assim, o BC indicou que a taxa continuaria no mesmo patamar nas próximas reuniões, mas deixou espaço para ajustes, que seriam feitos de forma intercalada e de 0,25 ponto.

 

Na ata da reunião, o BC destacou que, considerando o longo histórico de taxas de juros em nível muito elevado, a Selic mais baixa pode comprometer o desempenho de alguns mercados e setores econômicos. O documento esclareceu que Copom passou a usar o chamado “foward guidance”, ou prescrição futura, como instrumento de política monetária.

 

Com isso, o BC pretende diminuir a especulação em torno da taxa básica de juros futura. Em diversas ocasiões, no entanto, a autoridade monetária não conseguiu cumprir o sinalizado no comunicado anterior. Antes da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, a autoridade monetária havia indicado, em fevereiro, que a taxa ficaria em 4,25% ao ano nas reuniões seguintes.

 

O BC retomou o ciclo de queda da Selic com a deterioração do cenário econômico. De lá para cá, os juros caíram em todas as reuniões. Nos últimos dias, o risco inflacionário voltou a ganhar atenção após o governo zerar, na semana passada, o imposto de importação do arroz para ajudar a reduzir a pressão do alimento no índice de preços.

 

Além disso, o mercado aumentou a expectativa de inflação para 2020. Segundo o relatório Focus do BC de agosto, a expectativa era de 1,64%. Nesta semana, a projeção subiu para 1,94%, mas ainda abaixo da meta de 4%, com tolerância de 1,5 ponto para baixo ou para cima, fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).

 

Ainda assim, analistas ouvidos pela Bloomberg previram a manutenção da taxa, como indicado pelo comitê na reunião anterior.

 

A Selic é um dos instrumentos usados pelo BC para controlar a inflação. Quando o índice está alto, a autoridade monetária sobe os juros com o objetivo de reduzir o estímulo na atividade econômica, o que diminui o consumo e equilibra os preços.

 

Caso contrário, o BC pode reduzir juros para estimular a economia.