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PF abriu investigação contra Sleeping Giants, que denuncia apoiadores de Bolsonaro

PF abriu investigação contra Sleeping Giants, que denuncia apoiadores de Bolsonaro
Foto: Reprodução / Twitter

A Polícia Federal abriu inquérito para investigar a página Sleeping Giants Brasil, que tem alertado empresas que anunciam na internet para o conteúdo de ódio ou mentiroso de algumas páginas em que colocam a sua publicidade.

 

A abertura da investigação, na Delegacia da PF em Londrina (PR), ocorreu em 25 de maio –cinco dias antes, o Sleeping Giants denunciou que o Banco do Brasil anunciava em um site que apoia Jair Bolsonaro e que já tinha sido condenado na Justiça por disseminar fake news. O banco suspendeu a publicidade, de acordo com a colunista da Folha de São Paulo Mônica Bergamo.

 

A medida causou turbulência nas redes bolsonaristas. O vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República, reclamou publicamente no Twitter. O secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, disse, também no Twitter, que o problema seria "contornado". E o BB voltou a colocar anúncios na página já condenada.

 

A confusão chegou ao Tribunal de Contas da União (TCU), que determinou a suspensão da publicidade. A partir de então, o Sleeping Giants virou alvo de bolsonaristas e passou a sofrer ataques na internet –inclusive dos filhos de Bolsonaro.

 

As investidas se intensificaram depois que o PayPal bloqueou o acesso do escritor Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro, à sua plataforma de pagamentos, pela qual ele recebe doações e mensalidades de cursos.

 

A medida foi tomada depois de uma série de alertas feitos pelo Sleeping Giants Brasil sobre o que considerava discursos de intolerância do guru.

 

A justificativa do delegado Ricardo Filippi Pecoraro para abrir a investigação foi a de que, ao criticar páginas e apontá-las como propagadoras de fake news, o Sleeping Giants Brasil atentava contra a "liberdade de expressão" e poderia incorrer em denunciação caluniosa.

 

A medida foi tomada, segundo ele, depois de uma "análise de inteligência" da PF.

 

O delegado afirmava ainda que "a informação de que há sites propagadores de fake news causou extremo desgaste e inconformismo a toda a população, inclusive a que vive em Londrina e nas cidades que compõem a jurisdição" da Delegacia de Polícia Federal em Londrina, da qual ele faz parte.

 

O "inconformismo" ocorreria porque a página "passou a fazer acusações graves, contudo genéricas, não apontando exatamente quais teriam sido as fake news que os veículos de comunicação que cita teriam cometido, gerando insegurança à coletividade".

 

Questionada, a assessoria da PF afirma que o inquérito foi arquivado, a pedido do Ministério Público Federal e por decisão da Justiça.