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Medo de Moro em 2022 levou Centrão a se aproximar de Bolsonaro, diz jornal

Medo de Moro em 2022 levou Centrão a se aproximar de Bolsonaro, diz jornal
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O receio de o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro se eleger presidente da República em 2022 fez com que partidos do chamado Centrão se aproximassem do presidente Jair Bolsonaro. Enquanto juiz titular de processos da Operação Lava Jato em Curitiba, Moro foi algoz de vários parlamentares do bloco. 

 

Segundo reportagem do Estadão, a aliança de Bolsonaro com as legendas, que contradiz bandeiras de combate à corrupção defendidas na campanha do presidente, cria “ambientes de garantia” para coibir investigações incômodas aos aliados do Centrão. Apesar de Moro negar entrar na disputa presidencial, seus movimentos são interpretados no Planalto e no Congresso como os de um político em campanha. Diante dessa perspectiva e enquanto não encontra outra alternativa, o Centrão mantém o apoio a Bolsonaro, embora o grupo tenha dado dor de cabeça ao governo em recentes votações no plenário da Câmara, nas quais o Planalto foi derrotado.

 

Medidas como tirar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) das mãos de Moro e transferi-lo para  Banco Central e sancionar a Lei de Abuso de Autoridade, que prevê punição para juízes e procuradores, aproximaram Bolsonaro do bloco. Na outra ponta, Bolsonaro rompeu uma tradição iniciada em 2003, quando ignorou a lista tríplice formada após votação no Ministério Público e escolheu Augusto Aras para comandar a Procuradoria-Geral da República (PGR). De perfil conservador, alinhado ao governo e em guerra com a força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, Aras tem protagonizado a mais nova polêmica que reacende a discussão sobre o combate a desvios: quer centralizar em Brasília o comando das forças-tarefa que investigam corrupção.

 

Com o argumento de que as atenções do Planalto, neste segundo semestre, estão voltadas para a aprovação de reformas, como a tributária, Bolsonaro também não abraçou a proposta de uma emenda constitucional para resgatar a prisão após condenação em 2.ª instância, uma bandeira da Lava Jato, cujo debate deve ser retomado na Câmara em agosto.