Fecomércio-BA aponta que intenção de consumo cai para 18,3%
O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Salvador registrou uma queda de 18,3%. Esse é o menor patamar desde janeiro de 2018. O principal destaque negativo foi o item Momento para Duráveis, que teve recuo de 37,5%.
Na avaliaçãodo consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze, as famílias soteropolitanas estão priorizando o consumo dos bens essenciais como alimentos e medicamentos, e comprar produtos como geladeira, fogão ou televisor. O momento de crise em virtude da pandemia do coronavírus foi citado.
"Necessita segurança no emprego e na renda para poder arcar com as parcelas da compra, o que não se vê no momento", afirmou.
A cautela das famílias no momento fica clara nas quedas dos itens Nível de Consumo Atual e Perspectiva de Consumo, de 19,2% e 22,2%, respectivamente.
“A principal questão é o desemprego ou o risco de perder o atual trabalho. Sem uma previsão clara da retomada da economia e o prolongamento do período de quarentena, amplia-se o número de fechamento de lojas e demissões”, declara o economista.
Na opinião de Dietze, o governo não conseguiu amenizar o impacto na avaliação sobre a renda mesmo com a liberação do auxílio emergencial no valor de R$ 600.
Para o momento, o consultor econômico da Fecomércio-BA indica que as famílias reduzam os gastos supérfluos, renegociem dívidas e contas em atraso, evitem entrar em crédito que tenha taxa de juros muito alta, como é o caso do cheque especial, ou que gastem sem programação no cartão de cartão de crédito, por exemplo. "Não é uma situação trivial, mas é importante tentar ajustar o orçamento doméstico a nova realidade e evitar dívidas e problemas que se tornem uma bola de neve", explicou.