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Santos Cruz diz não crer em intervenção das Forças Armadas e critica Eduardo Bolsonaro

Santos Cruz diz não crer em intervenção das Forças Armadas e critica Eduardo Bolsonaro
Foto: Mike Santos / Metrópoles

Ex-ministro do governo e general da reserva, Carlos Alberto dos Santos Cruz fez críticas a postura do governo e ao deputado Eduardo Bolsonaro, que apontam para uma possível participação das Forças Armadas em um golpe. As declarações foram dadas ao Metrópoles.

 

Para Cruz, quem acha que as tropas dariam apoio a uma ruptura democrática hoje, ou não conhece as forças, ou usa, de propósito, o prestígio das instituições militares. Ele também a comunicação do palácio – para "fazer calúnia, injúria, difamação" e na participação em "assassinatos de reputações".

 

"Essa é minha impressão, com a experiência de 47 anos de Exército, conhecendo as pessoas, a formação das pessoas. Eu acho que quem fala isso está querendo usar indevidamente a imagem das Forças Armadas. Nos últimos anos, passamos por várias crises, passamos por dois presidentes depostos por impeachment, governos de diferentes naturezas, com diferentes formações ideológicas, e as Forças Armadas mantiveram seu alto prestígio exatamente por não se envolverem em coisa de governo. Ou é uma visão distorcida ou é proposital", disse o general, que disse não ver um apoio ao presidente nesse tipo de situação.

 

"Em 1964 era uma outra situação. Foi 56 anos atrás. Era um outro mundo. Havia a Guerra Fria, havia realmente uma disputa de leste e oeste, tinha-se um bloco de países ocidentais e outro de países comunistas. A revolução comunista internacional estava em pleno andamento, treinando gente, exportando revolução. É outro mundo. Hoje não. Você tem os três Poderes aí, tem um Congresso eleito, um presidente eleito. O que que impede o funcionamento? O que impede o funcionamento são acertos pessoais. Eles que sentem na mesa e resolvam, pô. Fecha a porta e discute. Só isso", disse.

 

O deputado federal Eduardo Bolsonaro falou várias vezes em ruptura na última quarta-feira (27), mesmo dia em que aliados bolsonaristas foram alvo da Polícia Federal em um inquérito do Supremo Triunal Federal sobre fake news.

 

 “O problema não é mais se, mas quando [haverá uma ruptura]”, disse.