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Deputado que indicou cargo do Centrão é investigado por peculato em obra na BR-101

Deputado que indicou cargo do Centrão é investigado por peculato em obra na BR-101
Foto: Reprodução / Facebook

A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta sexta-feira (08), mandados de busca e apreensão contra o deputado federal Sebastião Oliveira (PL-PE). Oliveira é investigado pela segunda fase da operação Outline, que investiga desvios de recursos (peculato) em obras de requalificação da BR- 101 na área que abrange o Grande Recife.

 

Ele foi um dos responsáveis por indicar o novo diretor-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Fernando Marcondes de Araujo Leão, no movimento do governo de Jair Bolsonaro de dar cargos ao Centrão em troca de apoio. 

 

De acordo com informações do G1, foram investigados os endereços ligados ao deputado em Recife e em Brasília. Ele comandava a Secretaria de Transportes de Pernambuco. O órgão responsável pela obra, era o Departamento de Estradas e Rodagens (DER), subordinado à Secretaria.

 

Outros nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta sexta, resultando em duas prisões temporárias, pelo período de 5 dias, no Recife. Os nomes dos alvos não podem ser divulgados, segundo o G1, devido à lei de abuso de autoridade.

 

Segundo as investigações da PF, a obra foi iniciada em setembro de 2017, com contrato de cerca de R$ 190 milhões. Os desvios analisados na primeira fase chegam a R$ 4,2 milhões.

 

A PF ainda investiga crimes como corrupção e lavagem de dinheiro, no âmbito do Departamento de Estradas e Rodagens (DER) e da antiga Secretaria de Transportes de Pernambuco. Cerca de 15 pedidos de quebra de sigilo bancário e outros 11 de quebra de sigilo fiscal de pessoas físicas e jurídicas já foram autorizados.

 

Uma nota foi divulgada pela Polícia Federal, afirmando que existem evidências de que a Secretaria de Transporte do estado, atualmente extinta, foi condescendente com as práticas criminosas, "podendo ter havido recebimento de vantagens por pessoa ligada à pasta".

 

A nota aponta ainda que a maior parte dos recursos para a obra veio de repasses do governo federal para o estado, sob a gestão do DER. Relatórios de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Estado (TCE) recebidos pelos investigadores mostraram que o asfalto utilizado para a obra era de baixa qualidade.