Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Geral

Notícia

Secretário-geral da ONU tema por adoção de medidas repressivas em meio à pandemia

Secretário-geral da ONU tema por adoção de medidas repressivas em meio à pandemia
Foto: Divulgação/ONU

Na visão do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, o coronavírus pode dar a alguns países uma desculpa para adotar medidas repressivas por motivos sem relação com a pandemia. Ele fez um alerta disse nesta quinta-feira (23) que para o risco de o surto se tornar uma crise de direitos humanos.

 

Guterres argumentou em um relatório da ONU como os direitos humanos deveriam balizar a reação e a recuperação da crise sanitária, social e econômica que tomou o mundo. De acordo com reportagem da Agência Brasil, ele ainda acrescentou que embora o vírus não discrimine, seus impactos o fazem.

 

"Vemos os efeitos desproporcionais em certas comunidades, a ascensão do discurso de ódio, a vitimização de grupos vulneráveis e os riscos de reações de segurança muito duras, minando a reação sanitária", diz Guterres.

 

O documento aponta como vulneráveis os imigrantes, refugiados e pessoas deslocadas internamente. E ainda explica que mais de 131 países fecharam as fronteiras e que só 30 abriram exceções para pedidos de asilo, afirma a reportagem.

 

"Tendo como pano de fundo a ascensão do etnonacionalismo, do populismo, do autoritarismo e o repúdio aos direitos humanos em alguns países, a crise pode oferecer um pretexto para se adotar medidas repressivas com objetivos sem relação com a pandemia", disse ele. "Isso é inaceitável".

 

A ONU não citou exemplos específicos dessas medidas, mas Guterres fez um pedido para que os governos sejam transparentes e receptivos e assumam responsabilidades. De acordo com a reportagem da Agência Brasil, ele também enfatizou que o espaço cívico e a liberdade de imprensa são críticos. "A melhor reação é aquela que se manifesta proporcionalmente às ameaças imediatas, protegendo os direitos humanos e o Estado de Direito".