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Para Lula, Covid-19 critica privatizações e mostra que 'Estado fraco não protege pessoas'

Por Jade Coelho

Para Lula, Covid-19 critica privatizações e mostra que 'Estado fraco não protege pessoas'
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Durante mais de duas horas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondeu questionamentos de jornalistas “da mídia alternativa” nesta quarta-feira (1º). Grande parte da transmissão foi dedicada a críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e à maneira como o atual mandatário do Brasil tem lidado com a crise do novo coronavírus.

 

Lula cobrou mais medidas de cuidado e preservação de vidas, o pagamento do “coronavoucher”, e ainda sugeriu a criação de uma comissão da Câmara dos Deputados para fiscalizar a efetiva aplicação dos recursos e projetos assistenciais aos mais pobres prometidos pelo governo. 

 

O petista também disse que os discursos oficiais de Bolsonaro sobre não deixar ninguém para trás vão no sentido contrário das ações do presidente. “Na prática o que menos importa para ele é cuidar do pobre”, avaliou Lula, ao sugerir que Bolsonaro se comporte “com a estatura de um presidente da República eleito democraticamente”. Lula aproveitou para criticar as Eleições de 2018, e caracterizou o pleito como “cheio de trambique, com fake news e a começar pela minha prisão”. 

 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, também foi criticado. Lula afirmou que o economista “fica sentado em cima do dinheiro todo dia anunciando o mesmo dinheiro”. “Dinheiro novo que é bom tem pouquíssimo”, reclamou Lula.

 

O legado de ensinamentos da pandemia do novo coronavírus também foi alvo de comentários do ex-presidente. Para ele, pessoas que defendem a privatização de empresas públicas estão vendo a importância do governo ter força para ajudar a população em momentos como esse. “Essa crise do coronavírus vai ensinar as pessoas que antes eram privativas e que achavam que o Estado tinha que ser fraco, que o Estado fraco não cuida das pessoas, a gente precisa de um Estado forte”, defendeu Lula. 

 

O isolamento social foi defendido por Luiz Inácio. Na opinião de Lula, o povo “precisa ficar em casa pra se proteger inclusive do Bolsonaro”. O petista citou a viagem do presidente aos Estados Unidos (EUA) em que parte da comitiva presidencial testou positivo para o novo coronavírus. “E se tem alguém que precisa ficar isolado é ele [Bolsonaro]. Eu não sei o que aconteceu que ele viajou com 24 pessoas e voltou com 23 com coronavírus. Ele deve ter encontrado um enxame de corona”, disse.

 

Questionado sobre o comportamento do empresariado e os detentores de grandes fortunas brasileiros em meio à crise, Lula lamentou a falta de solidariedade e reforçou a importância dos trabalhadores em qualquer empresa. “O cara da Ambev não é rico porque é inteligente, não, é rico porque tem trabalhador que trabalha dia e noite pra ele. Qual foi a cerveja que ele inventou?”, exemplificou o ex-presidente.  

 

Lula argumentou que a quantidade de dinheiro que as empresas têm, elas devem ao trabalho dos funcionários, e que isso deveria ser recompensado em um momento de crise como o que o mundo vive com a pandemia. “Tem gente com barra de ouro com uma parte podendo ser colocada a favor do povo desse país”, lamentou. 

 

Em outro ponto da live, que foi transmitida em todas as redes sociais do petista, o alvo foi o ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro. Lula classificou o ex-juiz como “a pessoa mais falsa que esse país já produziu”. “Não tem competência para o cargo, é que para ser ministro tem que ter compressão politica do papel que está exercendo”.