Doria diz ter 'diferenças' com Rui, mas que ataque de Bolsonaro foi 'gratuito'

Apesar das “diferenças ideológicas e partidárias” com o governador da Bahia Rui Costa (PT), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se solidarizou com o petista após Rui ser alvo de ataques do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido). A justificativa de Doria é de que “foi uma coisa gratuita e um gesto de profundo desrespeito ao governador da Bahia”.

 

Doria assinou, junto com mais 19 governadores brasileiros, uma carta enviada a Bolsonaro. No texto, os gestores criticam Bolsonaro por declarações a respeito de Adriano Magalhães da Nóbrega, morto em confronto com a Polícia Militar da Bahia (PM-BA) em 9 de fevereiro.

 

“Essa carta assinada por 20 governadores foi um gesto solidário ao governador da Bahia Rui Costa que foi de maneira muito injusta agredido pelo presidente Jair Bolsonaro, você não pode lançar uma acusação a um governador de estado sem nenhum fundamento, sem ter certeza, convicção e elementos para isso”, argumentou Doria. “Você não pode desrespeitar alguém que é fruto da democracia”, completou.

 

As críticas do governador de São Paulo ao presidente Jair Bolsonaro se estendem para além da carta. Durante passagem por Salvador nesta segunda-feira (24) de carnaval, o tucano reclamou da relação de Bolsonaro com os governadores dos estados brasileiros e condenou o fato do presidente nunca ter convidado os gestores estaduais para uma reunião ou uma tentativa de manter diálogo.

 

“Ele nunca convidou os governadores para uma reunião, para um diálogo federativo, ele que fala tanto em pacto federativo. Ele e o ministro Paulo Guedes, falam ‘menos Brasília e mais Brasil’, ora, se esse é o conceito e se eles querem o pacto federativo, tem que dialogar com os governadores”, ponderou João Doria ao acrescentar que Jair Bolsonaro “não tem que fazer gestão no Whatsapp”.