Secretário de Rui diz que é 'estranho' Bolsonaro defender direitos humanos no caso de miliciano
Por Jamile Amine / Rodrigo Daniel Silva
O secretário estadual de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, Carlos Martins, disse que viu com estranheza o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a morte do miliciano Adriano da Nóbrega.
Bolsonaro reclamou que a polícia baiana “não procurou preservar a vida de um foragido, e sim sua provável execução sumária". "Eu acho estranho porque sempre preconizaram que bandido bom é bandido morto. E a gente sempre se posicionou contra isso. E agora que tem um miliciano envolvido em vários crimes, eles saem em defesa", disse Martins, que é secretário no governo de Rui Costa (PT).
Martins também comentou uma declaração do advogado de Jair Bolsonaro e do senador Flávio Bolsonaro, Frederick Wassef. O defensor afirmou que a morte do miliciano é "muitíssimo mais grave" do que o caso de Ágatha Félix, de 8 anos, morta por um tiro de um PM no Complexo do Alemão no ano passado.
“Deve ser porque eles [a família Bosonaro] condecoraram Adriano. É o herói deles. Deve ser por isso", pontuou nesta sexta-feira (21), durante a saída do Olodum no Pelourinho.