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Em balanço, presidente da Fieb diz torcer 'ardorosamente para que economia melhore'

Por Fernando Duarte

Em balanço, presidente da Fieb diz torcer 'ardorosamente para que economia melhore'
Foto: Fernando Duarte / Bahia Notícias

O presidente da Federação da Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Ricardo Alban, afirmou, nesta segunda-feira (16), que as perspectivas para a economia baiana devem melhorar a partir de 2021. As projeções para 2019 e 2020, segundo ele, não são otimistas. “Infelizmente a Bahia não vai crescer mais do que a média nacional em 2019 e 2020. Em 2021, a perspectiva é melhor”, resumiu Alban, durante almoço com jornalistas para o balanço das atividades de 2019. “Desejamos ardorosamente que a economia melhore”, defendeu o dirigente.

 

O Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia deve ter um crescimento abaixo de 1,2%, projeção de crescimento nacional para 2019. No próximo ano, há a expectativa que os números baianos também sigam abaixo do esperado para o país, inclusive no escopo da indústria de transformação. A mudança, todavia, é aguardada para o ano seguinte.

 

Projetos em andamento, como a Ferrovia Oeste-Leste, o Porto Sul e a Ponte Salvador x Itaparica são alguns dos exemplos citados por Alban como balizadores para o desenvolvimento da economia baiana nos próximos anos. A ponte, por exemplo, pode resultar no aproveitamento do Estaleiro Paraguaçu, que pode ser utilizado como ponto de apoio para as obras do equipamento ligando a capital baiana à Ilha de Itaparica.

 

Em relação a obras em Salvador, o dirigente brincou com a “disputa” entre a prefeitura, sob o comando de ACM Neto (DEM), e o governo da Bahia, sob a batuta de Rui Costa (PT). “Se a disputa política-partidária ajudar, vamos ter BRT e VLT em 2020”, provocou, em tom de brincadeira.

 

Alban ainda teceu panoramas de reaquecimento da economia através da venda da Refinaria Landulfo Alves (RLAM), em discussão pela Petrobras, e a definição sobre o futuro da planta da Braskem na Bahia. Durante o balanço, o presidente da Fieb avaliou positivamente o arrendamento da Fafen pelo grupo Proquigel, que também deve operar o terminal de importação de amônia no Porto de Aratu

 

EQUILÍBRIO DE SETORES

O dirigente da Fieb defendeu as mudanças propostas pelo governo federal com reformas como a previdenciária ou a trabalhista, porém manteve certo distanciamento de eventuais críticas políticas fora da área econômica. Entretanto, Alban provocou uma área que, segundo ele, não tem participado do processo de readequação à realidade brasileira.

 

“O mercado financeiro precisa dar a sua parcela de contribuição. É importante haver equilíbrio e o mercado financeiro precisa participar desse processo”, defendeu o representante das indústrias baianas.

 

CRIMINALIZAÇÃO DE DEVEDORES

Alban ainda criticou o posicionamento preliminar do Supremo Tribunal Federal (STF), cuja maioria dos ministros indica a criminalização de devedores contumazes do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A apreciação da matéria deve ser finalizada apenas em 2020, após o voto-vista do ministro Dias Toffoli.

 

“A criminalização do débito de ICMS cria um cenário de insegurança jurídica. É preciso saber as razões para que haja esse débito”, comentou o presidente da Fieb, utilizando como exemplo uma empresa que possui débitos de ICMS ao mesmo tempo em que acumula créditos do mesmo imposto junto ao governo baiano.