Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Geral

Notícia

Pesquisa encontra lixo na floresta amazônica e até produtos estrangeiros são achados

Pesquisa encontra lixo na floresta amazônica e até produtos estrangeiros são achados
Foto: Reprodução / Amazônia.org

Entre os resíduos coletados na área da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, no Médio Solimões, no Amazonas, estão embalagens, calçados, pedaços de brinquedos, copos e utensílios domésticos. O lixo encontrado por pesquisadores no interior da floresta amazônica inclui até produtos de origem internacional.  

 

A área de 2 hectares e meio, os pesquisadores recolheram cerca 40 itens. Uma média de 600g de resíduos sólidos, o equivalente a 60% da produção diária de lixo por pessoa no Brasil, de acordo com a Agência Brasil.

 

84 por cento do material encontrado é plástico, o restante, produtos feitos de borracha ou isopor. O lixo que pode vir de cidades próximas, ou até de fora do país. A coleta foi feita pelo Grupo de Pesquisa em Ecologia Florestal do Instituto Mamirauá. A equipe quer identificar e classificar resíduos sólidos encontrados em floresta de várzea - ecossistema caracterizado pela dinâmica de cheias e secas.

 

A pesquisa, que começou em agosto deste ano, é conduzida pela estudante de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Amazonas Zeneide Silva, e tem o apoio do CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.  Elias Lourenço Neto, coorientador do projeto, destaca a origem de alguns produtos. Até uma garrafa de refrigerante, frabricada no Peru, foi encontrada.

 

A embalagem de um selante de silicone produzido nos Estados Unidos também estava lá, no meio da floresta. De acordo com o pesquisador, o lixo é trazido pelas águas dos rios e a floresta acaba retendo parte dele, porém, ainda não é possível apontar o caminho percorrido por esses resíduos.

 

A quantidade de resíduos tende a aumentar nos próximos anos. Segundo o pesquisador, o desafio do grupo agora é conseguir financiamento para dar prosseguimento aos estudos. O objetivo é projetar quanto lixo ainda pode chegar na floresta e os danos que isso poderá causar para a fauna e a flora da Amazônia.