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'Todas as políticas que estamos implantando aqui, a esquerda está calada', diz secretária

Por Rodrigo Daniel Silva

'Todas as políticas que estamos implantando aqui, a esquerda está calada', diz secretária
Foto: Valdemiro Lopes / CMS

Militante desde a década de 1970 das questões raciais, a secretária de Reparação de Salvador, Ivete Sacramento, disse que sofre resistência de movimentos por atuar na gestão de ACM Neto (DEM), que é rotulada como uma administração de direita. Em entrevista ao Bahia Notícias, Sacramento ressalta que "políticas públicas não podem ser rotuladas" e fala sobre os avanços conquistados na sua pasta.

"Esse negócio de direita e esquerda precisa acabar na hora que fala de políticas de promoção, de reparação para negros. É isso que divide. Isso que não deixa a gente chegar ao poder. O colonizador quando montava os navios negreiros separava as tribos, e botava as tribos inimigas para que não se juntassem. E nós repetimos o que o colonizador botou na nossa cabeça. Nós lutamos contra a gente. Qual é o defeito de Ivete Sacramento? Ter tido reconhecimento explícito da sua competência através de Antônio Carlos Magalhães Neto. Agora, quem deu oportunidade para essa competência se estabelecer? Quando alguém quer dizer que eu tenho defeito dizem que sou carlista. E eu digo que foi o carlismo que me deu oportunidade de atuar. Se eu estou aqui servindo ao meu povo negro, agradeço a quem me deu oportunidade de estar aqui", dizem.

Sacramento descartou qualquer possibilidade de ser candidata à vereadora no próximo ano ou integrar uma chapa majoritária. "Eu quero estar no lugar onde eu possa ter a liberdade de fazer e de dizer. Todas as nossas medidas na nossa secretaria são irreversíveis. Tudo o que a gente planeje e planejou é nesse foco [de combate à discriminação dos negros e LGBT+]. Desde quando eu saí da reitoria da Uneb em 2005, não se deu um passo para trás de tudo o que implantamos lá. Teve que evoluir. O mesmo é aqui. Todas essas políticas que estamos implantando aqui na direita, a esquerda está calada. A gente não está brincando de fazer política pública. A gente não está usando a raça negra para fazer política partidária. A gente está fazendo política de reparação do povo negro. Quem sentar aqui, tem que continuar", pontuou a secretária, que foi reitora da Uneb na época da implantação das cotas raciais.

Ainda na entrevista, Ivete Sacramento fala sobre o racismo nos partidos e a hipótese de ter candidatura negra a prefeitura de Salvador no próximo ano, quando acontecerá a sucessão de ACM Neto  (Confira a entrevista na íntegra).