Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Geral

Notícia

'Me dá pena pelo Brasil', diz Bachelet sobre ataques de Bolsonaro

'Me dá pena pelo Brasil', diz Bachelet sobre ataques de Bolsonaro
Foto: Reprodução / nacoesunidas.org

A ex-presidente chilena, Michelle Bachelet e alta comissária dos Direitos Humanos da ONU afirmou que sente "pena pelo Brasil" ao recordar a defesa que o presidente Jair Bolsonaro fez recentemente da ditadura de Augusto Pinochet no Chile, na qual justificou a morte do pai da socialista pelo regime.

 

No início de setembro, com a Amazônia em chamas em consequência dos incêndios florestais, Bachelet criticou a "redução do espaço cívico e democrático" no Brasil. Bolsonaro respondeu com elogios à ditadura de Pinochet ocorrida entre 1973 e 1990. 

 

"Se há uma pessoa que diz que em seu país nunca houve ditadura, que não houve tortura, bem, que dia que a morte de meu pai por tortura permitiu que (o Chile) não fosse outra Cuba, a verdade é que me dá pena pelo Brasil", disse Bachelet em entrevista à Televisão Nacional do Chile (TVN), segundo a Folha de São Paulo.

 

Bolsonaro elogiou a "coragem" da ditadura chilena para deter a esquerda e "comunistas como seu pai". 

 

Alberto Bachelet, pai de Michelle, era general de brigada da Força Aérea e se opôs ao golpe militar dado por Augusto Pinochet em setembro de 1973. Ele foi preso e torturado pelo regime e morreu sob custódia, em fevereiro de 1974. 

 

A ex-presidente chilena também foi presa e torturada por agentes de Pinochet em 1975. A estimativa da Justiça chilena é que cerca de 3.000 pessoas tenham desaparecido durante a ditadura e que mais de 30 mil tenham sido torturadas.

 

Bachelet afirmou que a "redução do espaço democrático não acontece apenas no Brasil", em uma longa entrevista à TVN, divulgada parcialmente neste domingo pelo jornal La Tercera, na qual considera que na área de direitos humanos "não existe nenhum país perfeito".