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Lava Jato sabia de repasse de Guedes a empresa de fachada, mas ignorou em denúncia

Lava Jato sabia de repasse de Guedes a empresa de fachada, mas ignorou em denúncia
Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

A força-tarefa da Operação Lava Jato descobriu que uma empresa do atual ministro da Economia, Paulo Guedes, fez pagamento a um escritório de fachada, que é suspeito de lavar dinheiro para esquema de distribuição de propinas a agentes públicos no governo do Paraná. Mas apesar da informação, os procuradores em Curitiba não fizeram nada.

 

Segundo informações da Folha de S. Paulo, o grupo apresentou denúncia sobre o caso em abril de 2018, período em que o hoje ministro já integrava a equipe de pré-campanha do então candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL). Porém, eles não incluíram Guedes nem outros representantes de sua empresa no rol de acusados.

 

O repasse no valor de R$ 560,8 mil foi feito em 2007 pela GPG Consultoria - empresa na qual Guedes atuou como sócio-administrador entre novembro de 2005 e outubro do ano passado - à Power Marketing Assessoria e Planejamento, operado por um assessor do ex-governador Beto Richa (PSDB-PR).

 

De acordo com a publicação, o registro aparece em uma nota de rodapé em uma peça de 138 páginas encaminhada à Justiça. Esse processo se encaminhou de forma que os responsáveis por outras duas companhias que destinaram recursos ao escritório suspeito foram presos, denunciados e viraram réus em ação penal aberta pelo então juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Bolsonaro.

 

Ao jornal, a Lava Jato disse que a denúncia foi centrada em pessoas e empresas sobre as quais havia "prova robusta", mas que a investigação não foi finalizada. Já o ministro Paulo Guedes não informou quais serviços justificaram o desembolso.

 

Inicialmente, a força-tarefa denunciou 18 pessoas, acusadas de participar do suposto esquema de corrupção e desvio de verbas do estado. Depois, outras quatro denúncias foram apresentadas, mas ainda sem fazer referência à empresa de Guedes.

 

Para os investigadores, o objetivo era beneficiar a concessionária Econorte, do Grupo Triunfo, em concessões de rodovias. O caso foi investigado na Operação Integração, um desdobramento da Lava Jato que foi deflagrada em fevereiro de 2018.