Com Força Nacional, presidente de Assembleia diz que Ceará teve maior redução de homicídios
Por Lucas Arraz / Ailma Teixeira
A pedido do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), o ministro Sergio Moro prorrogou a atuação da Força Nacional de Segurança Pública no estado por mais 90 dias. A corporação tem apoiado à Polícia Civil local desde janeiro deste ano, quando uma série de ataques criminosos começou a ocorrer.
Para o presidente da Assembleia Legislativa cearense, José Sarto (PDT), a medida faz parte de uma estratégia de combate organizada e intersetorial com a Polícia Federal, o governo federal, a Polícia Civil e os laboratórios de pesquisa na área. "A redução do Ceará, em termos de todos os homicídios, roubos, é a maior diminuição dos estados brasileiros", exalta o deputado estadual em entrevista ao Bahia Notícias. Ainda assim, ele mantém a cautela e, parafraseando o cantor Belchior, lembra que "ninguém deve cantar vitória muito cedo".
Em Salvador para participar do 4ª Encontro de Presidentes das Assembleias Legislativas do Nordeste, Sarto também falou sobre a reforma da Previdência, que é um dos temas centrais dessa edição do evento. Ele demonstra que segue o entendimento dos governadores da região, que defendem a manutenção de estados e municípios no projeto com a revisão de pontos-chave, como diminuição do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a desconstitucionalização da matéria.
"Não faz sentido fazer uma reforma previdenciária se não atingir o município, que é onde a vida acontece", ressalta. "Daí, eu acho que é começar a aprofundar essa discussão, haja vista a discussão nacional esteja bem evoluída, mas é aprofundar essa questão de estados e municípios", acrescenta o parlamentar.
Como conclusão desse encontro, os deputados vão endereçar uma carta ao deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, e ao senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado. No documento, eles vão abordar a Previdência, mas também a manutenção da natureza pública do Banco do Nordeste (BNB); o fim do abuso nos preços das passagens aéreas no país; a privatização da Companhia Hidroelétrica do São Francisco, que eles são contra; e uma troca de experiências nas rádios e TVs legislativas (saiba mais aqui).