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Registros para caçadores, atiradores e colecionadores crescem 879% em cinco anos

Registros para caçadores, atiradores e colecionadores crescem 879% em cinco anos
Foto: Reprodução / Associação Desportiva Atiro

Ao longo dos últimos cinco anos, o arsenal e a concessão de registros para caçadores, atiradores e colecionadores de armas de fogo cresceram 879%, passando de 8.988, em 2014, para 87.989, em 2018. Com isso, atualmente há 255.402 licenças ativas no Brasil.

 

As informações são de O Globo, com base no levantamento feito pelo Instituto Sou da Paz. O jornal teve acesso aos dados por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

 

O Globo também apurou um crescimento de 54% no número de armas nas mãos desse grupo, mais conhecidos pela sigla CAC. Eles passaram de 227.242 artefatos do tipo para 350.683 unidades.

 

Agora mais robusto, o grupo deve ser beneficiado por um decreto que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) prometeu assinar para "facilitar a vida" deles. A expectativa é de que o governo desburocratize a obtenção do registro de CAC, amplie seu prazo de validade, que hoje é de três anos, e estenda a permissão para o transporte da arma carregada em alguns trajetos a caçadores e colecionadores — a regra atual só libera atiradores.

 

A publicação procurou o Ministério da Casa Civil para mais informações sobre o decreto, mas a pasta apenas declarou que "as atualizações e regulamento que versam sobre armas no Brasil estão sendo avaliadas e, oportunamente, serão divulgadas".

 

Quanto ao Exército, que é responsável pelo registro e fiscalização da categoria, o jornal ouviu o gerente da organização Bruno Langeani. Para ele, o volume de armas com esse grupo é "assustador".

 

"É superior ao número de armas de todas as empresas de segurança privada no país, que soma 244 mil unidades. Se considerarmos que em São Paulo há 120 mil policiais, entre militares e civis, essa categoria de caçadores, atiradores e colecionadores tem mais armas que a polícia do estado", destaca.


Especialistas explicam que o crescimento da categoria se deve não apenas à popularização do tiro esportivo, mas ao aumento do número de civis que queriam obter armas para defesa pessoal e não conseguiam comprovar a “efetiva necessidade” — essa medida, antes exigida pela Polícia Federal (PF) para liberar a posse de arma a cidadãos comuns, perdeu força com o decreto que flexibilizou a posse em janeiro deste ano (saiba mais aqui).