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Responsável por laudos da mina de Brumadinho até 2018 diz que não havia indicativo de risco

Responsável por laudos da mina de Brumadinho até 2018 diz que não havia indicativo de risco
Foto: Reprodução / EBC

A engenheira responsável pela assinatura dos laudos de estabilidade da barragem de Brumadinho de 2017 a junho de 2018, Ana Lúcia Moreira Yoda, da empresa Tractebel Engineering, afirmou nesta quarta-feira (3), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado, que investiga o rompimento da barragem, que, enquanto atuou na mina, não havia nenhum indicativo de risco iminente de rompimento da estrutura. A tragédia matou mais de duzentas pessoas.

 

Segundo Ana Lúcia Moreira Yoda, na época em que assinou os laudos os indicadores estavam “dentro das leituras históricas”.

 

A engenheira afirmou ainda que após uma reclassificação do fator de segurança da barragem pela empresa Tractebel, em junho de 2018, o gestor da Vale, responsável pelo contrato da Mina de Brumadinho, Washington Pirete, optou por deixar a análise sob a responsabilidade da empresa alemã Tüv Süd, que atestou por último a estabilidade da estrutura na barragem que se rompeu.

 

Ana Lúcia pontou que a justificativa para a troca de empresas utilizada pelo gestor foi de que a Tüv Süd teria uma melhor estrutura para avaliar a barragem. “A Tractebel decidiu não trabalhar mais com declarações de segurança de estruturas de barragens”, relatou a engenheira aos senadores.

 

Na ocasião a engenheira afirmou ainda que é difícil saber o motivo que levou ao rompimento da barragem. “Muito difícil [saber o que aconteceu]. A coisa que está mais perturbando a comunidade técnica é essa pergunta. Eu não saberia dizer com os elementos que eu tenho. A gente tem tentado estudar, mas eu não saberia dizer, tenho medo de ser leviana”, completou.