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Caso La Vue: Ex-membro da Casa Civil diz que tentou mediar 'conflito' entre Geddel e Calero

Por Guilherme Ferreira

Caso La Vue: Ex-membro da Casa Civil diz que tentou mediar 'conflito' entre Geddel e Calero
Geddel e Calero | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ex-subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República, Gustavo do Vale Rocha, disse em audiência nesta sexta-feira (15) que tentou mediar um conflito entre Geddel Vieira Lima e Marcelo Calero em meio à tentativa de liberação das obras do prédio La Vue, em Salvador. Ele prestou depoimento à Justiça na condição de testemunha de defesa de Geddel, que responde por improbidade administrativa.

 

Rocha disse no depoimento que foi consultado por Geddel em 2016, quando houve as tratativas sobre o empreendimento, sobre qual era o procedimento para recorrer da decisão do Iphan que impediu a continuidade das obras do La Vue. Segundo a testemunha,  ele afirmou nessa oportunidade que o recurso deveria ser apresentado ao então ministro da Cultura, Marcelo Calero.

 

"O que presenciei é que existia o conflito entre ministros", comentou a testemunha de defesa. "O conflito a que me refiro é um conflito entre pessoas. O então ministro Geddel tinha uma questão envolvendo um órgão que era subordinado ao Ministério da Cultura", disse. Rocha afirmou, no entanto, que nunca presenciou um comportamento de Geddel que indicasse que ele estava extrapolando suas funções.

 

Geddel é réu no caso pois teria pressionado Calero a liberar a construção do La Vue. A acusação do então Ministro da Cultura aconteceu quando o político baiano era ministro da Secretaria de Governo de Michel Temer e provocou uma crise no Palácio do Planalto, resultando na saída dos dois ministros do governo. Geddel tinha  promessa de compra e venda de uma unidade no 23º andar do empreendimento em Salvador.

 

De acordo com Rocha, Calero se negou a analisar o recurso de Geddel sobre o La Vue. "O senhor Marcelo Calero, em conversa inclusive comigo, como consta no depoimento, disse que não decidiria a questão. Como ele não decidiria a questão e precisava resolver. Ou seja, tem que ter uma decisão, foi ventilado que ele encaminhasse os autos para a AGU [Advocacia-Geral da União], para que a AGU decidisse em substituição a ele", relatou.