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Completando 49 carnavais, Luiz Caldas não pensa em parar: 'Ainda tenho muito gás!'

Por Lucas Arraz / Leandro Aragão

Completando 49 carnavais, Luiz Caldas não pensa em parar: 'Ainda tenho muito gás!'
Foto: Adriano Cardoso / Ag Haack / Bahia Notícias

Um dos principais nomes da história do Carnaval da Bahia, o cantor Luiz Caldas completa 49 anos de folia. Ele se apresenta na noite desta terça-feira (5), no circuito Dodô, na Barra-Ondina. Antes de subir no trio independente para começar seu desfile, Luiz Caldas conversou com a reportagem do Bahia Notícias e disse que tem energia de sobra para muitos outros carnavais que estão por vir.

 

"Ainda tenho muita energia, muito gás. Gosto do que faço e quando a gente faz o que gosta não precisa trabalhar nenhum dia da vida, você vai estar sempre se divertindo. E música é minha vida, é o que eu gosto de fazer. Gosto de fazer as pessoas se sentirem felizes e com minha música eu tenho conseguido isso ao longo desses anos", disse. "Comecei cantando com sete anos de idade em baile, ainda eram as marchinhas de carnaval de Lamartine Babo e tantos outros que faziam essas canções. Até chegar no trio elétrico com 16 anos. Nesse período, toquei no baile todo tipo de música desde Jacksons Five a James Brown, Roberto Carlos, Martinho da Vila, era uma miscelânea musical muito grande. E eu trouxe isso para o trio elétrico, isso acabou me ajudando a criar o Axé Music que é um movimento musical muito bonito e que revolucionou o carnaval baiano", completou.

 

No próximo ano, Luiz Caldas completará 50 carnavais. Ele disse não se preocupar em planejar algo especial para comemorar o número e que seu único pensamento é continuar cantando.

 

"Eu não me preocupo com isso não. Eu prefiro ficar cantando e levando alegria. São 50 anos que farei no próximo carnaval e com fé em Deus vai ser bonito como esse ano está sendo e os outros que foram também", falou.

 

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) orientou os servidores públicos a ficarem de olho na discriminação e violação a Lei Antibaixaria em relação às músicas que são tocadas durante a folia momesca. Luiz Caldas rejeitou a ideia, já que na sua visão trata-se de uma forma de censura.

 

"Qualquer forma de censura é terrível e isso não pode existir. O que tem que existir é um bom senso, um 'semancol'. Eu não acho que os artistas deveriam escrever letras agressivas. Quando eu compus com Paulinho de Camafeu, Fricote, 30 anos atrás, não existia esse tipo de patrulhamento e nem as pessoas se ofendiam com isso. Então, hoje em dia, claro que respeito a opinião de todo mundo, mas ninguém pode mudar a história. A gente tem que começar a fazer uma história nova e limpa a partir de agora. Mas não ficar tentando reeditar coisas, nem tentar passar a borracha no que passou, porque o que passou continua na nossa bagagem", afirmou.