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Advogada acusa delegado de agressão; Corregedoria apura ocorrência

Por Ailma Teixeira

Advogada acusa delegado de agressão; Corregedoria apura ocorrência
Imagem: PrintScreen / Facebook Jackie Orge

A advogada criminalista Jaqueline Machado Calado relata que foi agredida pelo delegado Fábio de Melo Nobre enquanto representava um detento. O caso ocorreu na tarde do último sábado (22), na Central de Flagrantes da Polícia Civil, no bairro da Pituba. A Corregedoria da Polícia Civil instaurou um procedimento para apurar a conduta do delegado. A delegada titular da Central de Flagrantes, Emília Blanco, afirmou que não houve agressão física.  

 

De acordo com advogada, a agressão ocorreu porque ela queria acompanhar a oitiva de seu cliente, um homem acusado de roubo à mão armada. O delegado teria tentado impedi-la, forçando sua saída da sala de custódia. “Ele me pegou pelo braço e foi me segurando. Eu disse: ‘tire as mãos de cima de mim, eu sou advogada’, mas ele continuou me segurando. Quando chegou na porta de custódia, ele me prensou na saída e bateu. Nisso, a porta veio diretamente na lateral do meu braço”, descreve Jaqueline, acrescentando que mal consegue dormir desde então.

 

Foto: Reprodução / Facebook Jackie Orge

 

Ela conta que fez um exame de corpo de delito e o resultado mostra que sofreu um edema por conta da batida.

 

Mas, antes disso, a advogada se dirigiu a Central de Flagrantes da Polícia Civil para denunciar o caso e lembra que precisou exigir a presença de um delegado para prestar queixa contra Nobre. Ele, inclusive, teria ironizado a possibilidade de ela interpor qualquer medida contra ele. “No momento que ele estava me empurrando, ele disse pra mim: ‘que negócio de advogado? Quem manda aqui sou eu, saia daqui agora’. Quase eu tropeço, quase eu caio, [ele] veio me empurrando de costas e, se eu nao saio, acho que ele teria me dado um murro, não sei o quê”, acusa.

 

No fim das contas, um delegado foi chamado para atender a diligência e ela conseguiu registrar a denúncia.

 

Procurada pelo Bahia Notícias, a assessoria de comunicação da Polícia Civil disse que o caso será apurado pela Corregedoria, mas o órgão já adianta que não houve agressão. Na versão da entidade, a advogada acompanhava um homem acusado de roubo, que teria apresentado um nome falso na delegacia. Diante deste contexto, Jaqueline teria tentado invadir a sala de custódia, sendo advertida pelos policiais de que não poderia permanecer no local. "Mas não houve nenhum contato físico", ressalta o órgão.