Polícia Federal prende no Paraná suspeito de ser operador financeiro do Hezbollah
A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (21), no Paraná, um suspeito de ligação com o Hezbollah, grupo extremista islâmico com base no Líbano. Foragido internacional, Assad Ahmad Barakat teve a prisão decretada pela justiça paraguaia no fim de agosto e autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta (19).
Em 2006, Barakat foi incluído na lista do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos sobre indivíduos e entidades que financiam o Hezbollah na região da fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. A justiça paraguaia o condenou pelo crime de falsidade ideológica.
De acordo com a Unidade de Informação Financeira (UIF) da Argentina, Barakat realizou a compra de prêmios no valor de 10 milhões de dólares sem declarar os valores, em um cassino na cidade argentina de Iguazu. A manobra teria sido feita para lavar dinheiro e o governo argentino congelou bens e valores que teriam ligação com o Hezbollah.
Em 2002, Barakat teve sua prisão autorizada pelo STF, que julgou um pedido de extradição da justiça paraguaia por envolvimento em apologia ao crime, evasão de divisas e falsificação de marcas de produtos. No ano seguinte, ele foi extraditado para o Paraguai e condenado a seis anos de prisão. ??Em 2008, após sua libertação, Barakat continuou vivendo no Brasil e mantendo negócios no Paraguai, Argentina e Chile.