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Servidores do T.I. e automação bancária que atendem Banco do Brasil entram em greve

Por Ailma Teixeira

Servidores do T.I. e automação bancária que atendem Banco do Brasil entram em greve
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Os funcionários da Empresa BB Tecnologia, que prestam serviços de T.I. e automação bancária para o Banco do Brasil, entraram em greve nesta quarta-feira (30). Eles dão suporte na área de mobiliários, com equipamentos de caixa eletrônico e “tudo que é da área de informática”, como explica Celso Lopes, diretor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas e Órgãos de Processamento de Dados, Serviços de Informática e Similares do Estado da Bahia (Sindados-BA). Para ele, a paralisação, que se estende por outros Estados e não tem prazo para acabar, “pode impactar muito forte” nos caixas eletrônicos, no recebimento dos aposentados e nos relatórios bancários, que são feitos no sistema da empresa. A greve começa após sete rodadas de negociação da campanha salarial 2017/2018, sem que haja um consenso entre as partes. “Sabemos que o governo concedeu reajuste salarial para o Serpro e a Dataprev, empresas ligadas ao mesmo patrão. Então, qual a dificuldade para reajustar os salários dos trabalhadores da BB Tecnologia, quando sabemos que seu faturamento foi astronômico nos últimos anos, chegando a bilhões de reais?”, questiona o Sindados-BA em nota. Ao Bahia Notícias, Lopes contou que a proposta de reajuste feita pela empresa e rejeitada pela categoria foi de 1,63%. Outro ponto que levou os profissionais a deflagrarem greve é o uso do carro dos trabalhadores em serviço – eles querem que a empresa ou o Banco do Brasil disponibilize os veículos. A situação foi agravada com a greve dos caminhoneiros, que deixou os postos sem combustível. “Os nossos técnicos têm que se deslocar pra os locais das agências e eles estão tendo dificuldade também pra abastecer porque é com o kit combustível e os postos nesse momento querem receber só em dinheiro. Os trabalhadores não estão tendo como botar gasolina”, indica, acrescentando que, sem a oferta de carros próprios, eles reivindicam ainda que a empresa banque os custos do motorista, como o pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e a renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Os servidores contestam também uma ferramenta instaurada pela direção da BB Tecnologia e Serviços, que dizem controlar “praticamente todos os passos dos trabalhadores”. Trata-se da distribuição de celulares para os funcionários, com a exigência de que eles assinassem um termo de responsabilidade pelo telefone. Lopes pontua que, mesmo com o aparelho desligado e fora do horário de serviço, a empresa pode acompanhar a rotina do funcionário em momentos de privacidade. “Quando ela fornece ao trabalhador, ela acompanha por 24 horas onde o trabalhador está. Se vai na casa da mãe ou fazer coisas pessoais, ela fica monitorando o trabalhador”, afirma. Além disso, eles protestam contra o aumento da participação do servidor no plano de saúde, fixada em 33% pela empresa e a transferências de profissionais para que sejam gerenciados por unidades de outros Estados. De acordo com Lopes, entre 15 e 30 servidores espalhados no interior da Bahia já foram transferidos. O objetivo da empresa, segundo ele, é manter apenas os servidores de Salvador e região metropolitana (RMS) lotados no Estado. O Bahia Notícias tentou contato com a BB Tecnologia, mas o telefone divulgado está indisponível. A assessoria de comunicação do Banco do Brasil também não foi encontrada para responder sobre o assunto.