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Rio: Lava Jato descobre lavagem de dinheiro por meio de bitcoins em esquema na Seap

Rio: Lava Jato descobre lavagem de dinheiro por meio de bitcoins em esquema na Seap
Foto: Henrique Coelho / G1

A Receita Federal descobriu uso de bitcoins para lavar dinheiro desviado do sistema penitenciário do Rio de Janeiro. A investigação é parte da Operação Pão Nosso, desdobramento da Operação Lava Jato, deflagrada nesta terça-feira (13). Entre os alvos dos 16 mandados estão o delegado Marcelo Martins, chefe das delegacias especializadas, e o ex-secretário penitenciário de Sérgio Cabral (PMDB), César Rubens Monteiro de Carvalho. De acordo com o G1, o superintendente-adjunto da 7ª Região Fiscal da Receita, Luiz Henrique Casemiro, afirmou que os responsáveis pelo esquema fizeram um teste para driblar os órgãos públicos de controle financeiro. Foram realizadas quatro operações com a moeda virtual, que totalizaram R$ 300 mil. Ao todo, os suspeitos teriam desviados pelo menos R$ 73 milhões dos cofres públicos com o esquema de superfaturamento e fraude no fornecimento de pão para presos das cadeias estaduais. As licitações eram direcionadas e tinham prazo curto, de modo que apenas a empresa dos integrantes da organização criminosa conseguira vencê-las. O esquema era baseado no projeto inicial que previa a profissionalização dos presos, no qual a Seap contratava uma organização sem fins lucrativos para gerir uma padaria onde os presos poderiam trabalhar. A cada três dias de trabalho eles poderiam ter a redução de um dia na pena. Um trabalho de auditoria detectou que o controle era falho, com a suspeita de que o benefício foi concedido até a detentos que não trabalhavam. A fraude do desvio foi descoberta em maio do ano passado, quando uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado apontou que os contribuintes pagavam duas vezes pelo pão fornecido: um contrato para o fornecimento do pão e outro, de valor maior, para comprar os ingredientes. A organização Iniciativa Primus era responsável pelo projeto. Os valores cobrados pelo pão chegarão a ser 50% acima do valor pago pelo estado anteriormente. Carlos Miranda, operador de Sérgio Cabral, disse ao Ministério Público Federal que havia uma pessoa responsável para levar o dinhero dos contratos da Seap para o núcleo central de Cabral. Na operação desta terça também foram presos Sérgio Roberto, Gabriel Paulo, Evandro Lima, Delisa de Sá e Carlos Mateus Martins.