Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Política

Notícia

PDT terá palanque eleitoral para Ciro na Bahia e quer apoio de Rui, afirma Félix

Por Bruno Luiz

PDT terá palanque eleitoral para Ciro na Bahia e quer apoio de Rui, afirma Félix
Foto: Alex Ferreira/ Câmara dos Deputados

Empolgado com o desempenho de Ciro Gomes na pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (31), o PDT da Bahia bateu o martelo: terá um palanque próprio para o candidato no estado. Isso coloca em xeque o apoio do partido à reeleição do governador Rui Costa. De acordo com o presidente da sigla no estado, deputado federal Félix Mendonça Jr., o comandante nacional da legenda, Carlos Lupi, já está se reunindo com as executivas estaduais para determinar que cada unidade da federação tenha um palco eleitoral para Ciro. O levantamento do Datafolha mostrou um crescimento do pedetista em cenários sem o ex-presidente Lula (PT), Marina Silva (Rede) e João Doria (PSDB). Neles, Ciro sai de 7% nas intenções de voto, em média, e chega a 13%, ficando atrás apenas do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC). No PDT, há avaliação de que, com Lula fora da corrida eleitoral, caso seja impedido pela Justiça, votos do petista podem ser transferidos a Ciro. “Estamos pensando agora em fazer com que Ciro suba mais ainda e avance nas pesquisas”, contou Félix Jr. em entrevista ao Bahia Notícias nesta quarta. Para o deputado federal, ter o governador Rui Costa apoiando o candidato do PDT seria o “melhor dos cenários”. Entretanto, o petista deve apoiar um nome do seu partido, sendo Lula ou não. Apesar da possibilidade remota de ter Rui no palanque eleitoral de Ciro, Félix Jr. vai conversar com o governador e os partidos da base para tentar fechar a aliança. “Não chegamos a discutir com o governo sobre como será essa composição. Tudo isso está em aberto. A questão é que o PDT precisa de um palanque para o candidato a presidente e nós vamos ter esse palanque. Mas ter o apoio da base seria o melhor dos mundos. Apoio de Rui, de Otto, de João Leão, do PCdoB”, afirmou. Ainda segundo Félix Jr., uma outra possibilidade de aliança com o governo seria o PDT ter um espaço na chapa majoritária da candidatura à reeleição de Rui. “Com isso, teríamos um candidato nosso dentro do governo, fazendo palanque para Ciro”, vislumbrou o presidente estadual na sigla. Ainda na avaliação de Félix Jr., as chances eleitorais do ex-governador do Ceará na disputa aumentam, caso Lula não consiga participar da disputa pelo Planalto. Ele explica que, como Bolsonaro aposta no séquito de antilulistas para obter voto, se o ex-presidente não for candidato, o deputado federal perderá justamente sua maior fonte de votos. “Bolsonaro é um candidato adesivo, se fez colado na rejeição a Lula, no antilulismo. Se Lula não for candidato, ele não terá mais quem criticar. Não se sustenta no discurso, pois tem um discurso sem conteúdo”, criticou.

 

No entanto, enquanto o PDT quer um palanque próprio na Bahia, no PCdoB, a situação é diferente. De acordo com o presidente da legenda no estado, deputado federal Davidson Magalhães, a sigla continuará fazendo parte do projeto político de Rui, mesmo tendo nacionalmente a candidatura de Manuela D’Àvila à Presidência. “Não tem nenhuma interferência. Participamos do mesmo campo. Estivemos na linha de frente do direito do ex-presidente ser candidato. Há um processo eleitoral impedindo Lula de ser candidato. Vemos isso como uma segunda fase do golpe. Mas essa situação não nos leva a discutir a retirada de candidatura de ninguém”, afirmou. Com isso, os comunistas farão com o governador a chamada “aliança-camarão”. Não darão a “cabeça” a Rui, porque ela estará com Manuela, mas apenas o corpo. Em suma, subirão ao palanque do petista para apoiá-lo na reeleição, mas não endossarão um candidato petista. Para Davidson, ter candidatura própria não obriga a agremiação a lançar um nome para o governo em cada estado. “Vivemos um momento político em que cada partido tem espaço para apresentar seu projeto ao país. Mas isso não implica que, em cada estado, temos que lançar candidato a governador. Estamos disputando espaço na majoritária, na vaga de senador, mas isso não implica em nenhuma mudança, porque estamos, na Bahia, no projeto do governador Rui Costa”, reforçou.