Indústria de transformação baiana fechará em queda pelo 4º ano consecutivo, lamenta Fieb
Por Ailma Teixeira
Embora a Bahia ainda se mantenha em destaque no âmbito regional como a maior economia e a maior indústria do Nordeste, de acordo com dados da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), o cenário estadual está aquém do desenvolvimento econômico no Brasil. Enquanto um relatório do Banco Central aponta um crescimento de 2% da indústria brasileira em 2017, na Bahia, a expectativa é de queda em torno de 1,5%. "Em 2017, a indústria de transformação baiana fechará em queda pelo quarto ano consecutivo, acumulando perdas de 14% da produção física. O crescimento esperado em 2018 será sobre uma base de comparação deprimida”, analisa a Fieb em balanço do comportamento da indústria, apresentado na manhã desta quarta-feira (6). A fim de reverter esse quadro, a instituição foca no investimento a novos setores, como a indústria da saúde, petróleo e gás e energias renováveis. Outro setor que pode favorecer o desenvolvimento econômico do Estado é a construção civil com o início das obras do BRT, VLT, aeroporto de Salvador, Fiol, Porto Sul e a eventual continuidade do projeto da ponte Salvador-Itaparica. Assim, para 2018, a federação estima uma recuperação cíclica, com um crescimento de, no máximo, 3%; inflação abaixo da meta dos 4%; e redução, mesmo que lenta, dos índices de desemprego. O presidente da Federação, Ricardo Alban, também defende a "atualização da Previdência". "Se nada for aprovado, possíveis cortes nos gastos e aumentos de impostos podem ser exigidos para que se mantenha o déficit primário em R$ 159 bilhões. No entanto, por se tratar de ano eleitoral, é possível que o Governo postergue (ou suavize) cortes e adie a Reforma Tributária", explica. Constantemente adiada, a votação da reforma da Previdência ainda não tem data para acontecer na Câmara dos Deputados.