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Assassinato de adolescentes alcança marca histórica; Bahia amarga 4º lugar no Brasil

Assassinato de adolescentes alcança marca histórica; Bahia amarga 4º lugar no Brasil
Um dos diversos casos em Mossoró, no Ceará | Foto: Marcelino Neto / G1

Um estudo realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostrou que o Brasil alcançou o índice de 3,65 adolescentes entre 12 e 18 anos assassinados por grupo de mil jovens. O IHA (Índice de Homicídios na Adolescência) é o mais alto desde que começou a ser medido, em 2005, e é considerado elevado em relação a padrões estabelecidos. "Uma sociedade não violenta deveria apresentar valores não muito distantes de zero e, certamente, inferiores a 1”, explicam os autores – o estudo é realizado em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos, o Observatório de Favelas e o Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O cálculo abrange 300 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, com base em dados de 2014 do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. O estudo aponta ainda que os homicídios de adolescentes têm crescido de forma contínua desde 2011, quando o IHA era de 2,8 (mesmo patamar de 2005): foi de 3,3 em 2012; 3,4 em 2013; e 3,7 em 2014. Antes de 2011, os valores oscilaram entre 2,8 e 3,0 (marca registrada em 2010). “Essa alta incidência de violência letal significa que, se as circunstâncias que prevaleciam em 2014 não mudarem, aproximadamente 43 mil adolescentes serão vítimas de homicídio no Brasil entre 2015 e 2021, apenas nos municípios com mais de 100 mil habitantes”, informa o levantamento. Considerando o índice por região, os números são ainda maiores, encabeçado pelo Nordeste, cujo IHA foi de 6,5, seguido do Centro Oeste (3,9), Norte (3,3), Sudeste (2,8) e Sul (2,3). A Bahia está em 4º entre os estados, com IHA de 7,46 – antes aparecem Espírito Santo (7,79), Alagoas (8,18) e Ceará (8,71).  Entre os dez estados com maior índice de assassinato de jovens estão ainda Rio Grande do Norte (em 5º, com 7.40); Paraíba (6º, com 6,44); Piauí (7º, com 5,57); Sergipe (8º, com 5,38); Maranhão (9º, com 5,01); e Goiás (10º, com 4,71). O Rio de Janeiro e São Paulo aparecem, respectivamente, em 12º (4,28) e 25º (1,57). Na comparação entre as capitais, Salvador aparece em 6º, com IHA de 6,87. Acima, estão Natal (5º, com 7,10); João Pessoa (4º, com 7,34); Vitória (3º, com 7,68); Maceió (2º, com 9,37) e Fortaleza (1º, com 10,94).