FGM suspende tombamento do CAB; Ipac pode apresentar pedido em até dois anos

A Fundação Gregório de Mattos suspendeu o tombamento provisório do conjunto arquitetônico e urbanístico do Centro Administrativo da Bahia (CAB) por dois meses, a contar de 12 de setembro, quando houve reunião do Conselho de Patrimônio Cultural do Município. O processo de solicitação estava em tramitação desde abril, quando notificou o governo do estado sobre o interesse (veja aqui). O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) deverá apresentar uma proposta de tombamento estadual do CAB até 13 de novembro, para análise e parecer do referido conselho. De acordo com o presidente da FGM, Fernando Guerreiro, a parceria com o Ipac foi feita em harmonia, sob a lógica de que, por se tratar de uma área pertencente ao estado, é um órgão da mesma esfera quem deveria fazer a solicitação. O Ipac disse, por meio denota, que fará a solicitação à Secretaria de Cultura do Estado e à Governadoria, que deverão deliberar sobre o tema. Por outro lado, a entidade informou que pode levar de seis meses a dois anos para produzir um dossiê com estudos e diagnósticos sobre a área candidata ao tombamento. “Que depois é enviado para análise do Conselho de Cultura, Secretaria de Cultura e, finalmente, do governador do estado, que acata ou não a sugestão e determina a publicação do decreto no Diário Oficial do Estado”, explica o Ipac em nota. O conjunto arquitetônico do CAB foi projetado pelo arquiteto João Filgueiras, o Lelé. Na proposta de tombamento da FGM estavam também a Igreja da Ascensão do Senhor, a sede da Assembleia Legislativa da Bahia, o Quartel do 5º Batalhão da Polícia Militar e o Mural de Juarez Paraíso.