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Dilma prefere Alckmin a Bolsonaro e Doria; petista vê risco às eleições de 2018

Dilma prefere Alckmin a Bolsonaro e Doria; petista vê risco às eleições de 2018
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Um ano após seu impeachment, a ex-presidente Dilma Rousseff classificou como “primária” a discussão que levou a seu afastamento, como a alegação das pedaladas fiscais, que considera “ridícula”. “Não mediram as consequências de tirar uma presidente eleita sabendo que não havia crime de responsabilidade. É ridícula essa pedalada, principalmente nos dias que correm. Estão indo para um deficit de R$ 180 bilhões. Eles não fugirão de aumentar impostos”, afirmou, em entrevista publicada neste sábado ao jornal Folha de S. Paulo. “Qual era a versão? Me tira, e a fadinha da expectativa trará o investimento estrangeiro de volta. A crise de confiança desaparecerá. Era uma discussão primária, com aquele pato amarelo na rua. Isso mostra a pouca seriedade do processo”, apontou. Sobre as eleições presidenciais de 2018, ela afirma que afastar o ex-presidente Lula do pleito seria o segundo ato do “golpe” e classifica a discussão do parlamentarismo como “farsa”. “Não afasto sequer a possibilidade de tentarem, de alguma forma, impedir a eleição em 2018”. Quanto aos adversários já postos, diz preferir o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. “Eu preferia o Alckmin ao Doria e ao Bolsonaro. Acho que o país preferia um candidato do perfil do Alckmin”. Como justificativa, diz não sentir consistência na candidatura do prefeito de São Paulo. “Ao Bolsonaro, não tenho dúvida. Em relação ao Doria, que as pessoas façam seu raciocínio e pensem bem. Não vejo consistência na candidatura dele. O Alckmin, de uma forma ou outra, é PSDB. Acho que eles ainda têm um pequeno compromisso com o país”. Dilma também tratou dos erros de seu governo – entre eles citou não ter conseguido avançar alguns debates de forma clara, como o da recriação da CPMF. “A gente perdeu a batalha do convencimento dos segmentos que formam a opinião no Brasil”. Questionada sobre programas que foram cortados durante a gestão Michel Temer, como o Fies e o Ciências sem Fronteiras, Dilma defende que não elevou acima do aceitável os gastos públicos. “De jeito nenhum. O Fies está baseado em crédito. O Ciência sem Fronteiras é um percentual ínfimo [do Orçamento]. Estamos falando de R$ 3 bilhões, que é o que gastaram agora comprando voto na Câmara. Qual é a acusação? De que nós exageramos nos subsídios”, argumenta. A petista afirma que o problema foram os subsídios à indústrias, que não teriam sido correspondidos. “O subsídio para o povo brasileiro foi bem correspondido. O que não foi bem correspondido foi a redução de impostos da industria. Nós queríamos trocar a desoneração pela manutenção de empregos. O que se provou ali? Que para este setor, no Brasil, a primeira opção é aumentar a margem de lucro”. Sobre a denúncia apresentado pela Procuradoria-Geral da República contra seu vice, Dilma atribui a rejeição na Câmara à compra de votos. “Porque os 267 que o livraram são os mesmos que me condenaram. Acho que foi uma decisão ideológica [Dilma esfrega o polegar e o indicador em sinal de dinheiro]. Uma decisão ideológica comprada a peso de ouro. O processo é de compra e venda. É necessário mais elementos do que gravar as pessoas para baixo e para cima com mala de dinheiro? Não, né?”, alfineta. Indagada sobre ter sido citada na delação do sócio da JBS, Joesley Batista, Dilma apontou a ausência de comprovações das acusações até o momento. A última coisa que falaram foi que eu e o presidente Lula tínhamos uma conta no exterior. Essa conta era de US$ 150 milhões. “Depois mudou para US$ 90 milhões. Depois apresentaram uma conta que pagou o casamento, um apartamento na Quinta Avenida e um iate [do dono da JBS]. É sempre assim”.