‘Rebelião’ na base é alimentada por falta de tato de Rui e secretários com deputados
por Fernando Duarte

Passa de 60 dias o período sem que um projeto do governo do Estado seja apreciado na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), uma mini rebelião na base. A razão: o descontentamento dos deputados, que reclamam, dia sim e o outro também, da falta de tato do governador Rui Costa (PT) e de secretários estaduais. A queixa pública, no entanto, se limita à falta de execução das emendas parlamentares, aprisionadas apesar de serem impositivas. Nos bastidores, a briga é pela falta de interlocução com os deputados não têm os pleitos respondidos pelo primeiro escalão do governo. “Os deputados não têm nenhuma moral”, confidencia um aliado de Rui, ao admitir que o governador faz opções que desagradam até mesmo os mais fiéis seguidores. Os prefeitos, que usualmente tinham um pedágio obrigatório com deputados para apresentar projetos e demandas, agora pulam uma etapa considerada crucial pelos parlamentares para alimentar a retroalimentação das eleições. Se nos primeiros meses a crítica era direcionada ao secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes, agora é generalizada para a administração estadual. Até nos eventos públicos com prefeitos existe a bronca. Recentemente, em conversa com o Bahia Notícias, deputados protestaram por saberem, pela imprensa ou por outras formas não oficiais, que prefeitos estariam em Salvador para a assinatura de protocolos. O by-pass dado nos parlamentares pode não ser sentido apenas em votações da AL-BA, que por enquanto são matérias menos urgentes e de menor impacto para o governo, porém, num longo prazo, reduz o interesse dos deputados em gastar sola do sapato para defender o governador em 2018, quando Rui tentará a reeleição. É apostar alto e acreditar que o inimigo não mora ao lado. Esse comentário foi ao ar na RBN Digital às 7h, com reprise às 12h30.
Notícias relacionadas
Notícias Mais Lidas da Semana
BN na Tela

Confira os destaques desta sexta-feira (20)
Salvador teve o dia mais chuvoso de abril nesta sexta-feira (20). Além dos transtornos causados pela chuva, o feriado de Tiradentes na capital também terá lojas fechadas por decisão da Justiça. Na política baiana, o pré-candidato ao governo João Gualberto (PSDB) defendeu várias candidaturas da oposição para levar a corrida eleitoral para o 2° turno.
Buscar
Enquete
Artigos
Dia 21 de abril: Tiradentes vive!
Independência, a proposta da Inconfidência Mineira, pela qual nosso herói deu a vida, decorridos 230 anos, ainda não foi conquistada. De Brasil colônia, explorado e espoliado pelo Reino Português durante séculos, continuamos sendo vítimas do capital alienígena, através dos seus tentáculos: as multis, as transacionais, os grupos econômicos e os grandes bancos, denunciado por Getúlio Vargas na Carta Testamento: “ Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo”.