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Tribunais estavam suscetíveis a ataques desde março, aponta especialista

Por Júlia Vigné

Tribunais estavam suscetíveis a ataques desde março, aponta especialista
Foto: Divulgação

Desde março, quando falhas de segurança em versões antigas de Windows foram vazadas por uma ataque cibernético, os Tribunais de Justiça e do Trabalho estão suscetíveis a ciberataques. É o que explica Thiago Vieira, advogado especialista em crimes eletrônicos, que destaca que não só os Tribunais estão suscetíveis, assim como qualquer pessoa que utiliza o sistema Windows. “Informações preliminares apontam que as falhas foram expostas em março e que desde então se têm a expectativa do ataque utilizando essa vulnerabilidade”, afirmou. De acordo com o especialista, a Microsoft deixou de dar suporte para o Windows XP e o ataque teria iniciado por meio desse sistema, mas todos os usuários de Windows estariam suscetíveis ao ataque. A forma com que os hackers estão trabalhando é chamada de “sequestro de dados”, que é quando os dados dos computadores são criptografados e apenas liberados mediante pagamento. “Eles estão utilizando uma criptografia forte, de padrão assimétrico. Ainda não sabemos como quebrar. A princípio não tem como”, explicou Vieira. O advogado ainda comentou a extensão do dano que uma invasão nos tribunais baianos poderia causar. Para ele, a gravidade irá depender do conteúdo que o computador afetado armazena. “A existência ou não de backup, a máquina que for afetada e o material que existe no computador pode afetar a importância desse ataque”, ressaltou. Uma estimativa aponta que mais de 74 países foram vitimados pelo ataque, chegando a aproximadamente 45 mil vítimas ao redor do mundo.  Perguntado sobre os  sistemas online, que abrigam milhares de ações e informações imprescindíveis, o advogado explicou que os tribunais possuem diversos códigos de conduta, que obrigam que servidores realizem backups periódicos dos conteúdos disponibilizados nos sistemas. O TRT-BA desconectou os serviços da internet após os ataques (veja aqui) e o TJ-BA  manteve os sistemas funcionando normalmente (veja aqui).