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Sustentabilidade ambiental e autogestão serão marca da Nova Concha Acústica do TCA

Por Jamile Amine

Sustentabilidade ambiental e autogestão serão marca da Nova Concha Acústica do TCA
Foto: Divulgação
Construída em 1958 e inaugurada em 1967, por causa do incêndio que atingiu o Teatro Castro Alves em 1959, a Concha Acústica passou por sua segunda reforma - a primeira foi em 1988 -, adequando-se às normas de segurança vigentes e à nova realidade baiana. A reinauguração é no dia 13 de maio, quando será aberto o Festival Eu Sou a Concha, que contará com apresentações de grandes nomes da música, como Maria Bethânia, Margareth Menezes, BaianaSystem, Carlinhos Brown e Novos Baianos. O processo para a realização da Nova Concha, que coincide com a conclusão da primeira etapa do projeto Novo TCA, levou cerca de 10 anos para ser concluído, entre consultorias nacionais e internacionais, realização de projeto arquitetônico, licitação, captação de recursos e, finalmente, as obras, que contaram com o investimento de R$ 80 milhões do governo da Bahia e mais R$ 10 milhões do governo federal, através do Ministério da Cultura. 
 
Passarela técnica coberta de grama servirá também como sala de aula | Foto: Divulgação / Secom
 
Com as obras, foram recuperadas as arquibancadas, que para dar mais conforto e segurança ao público tiveram a capacidade alterada de 5.600 para 5 mil espectadores. Também foram construídos novos camarins e camarotes, uma casa de máquinas, bilheteria e corredor específico para carga e descarga, área de bar e sanitários, além de uma nova cobertura sustentável, substituindo a antiga, que era de lona. Batizado de passarela técnica, o “ecotelhado” é um teto de grama, que ajudará na acústica e na redução do calor no palco, contribuindo para a diminuição do gasto de energia para refrigeração. O diretor do complexo cultural TCA, Moacyr Gramacho, explica que as intervenções foram imprescindíveis para manter o funcionamento da Concha. “Fizemos modificações importantes, principalmente a nível de acessibilidade e segurança, porque se o estado da Bahia não fizesse essa reforma, a Concha só poderia funcionar com 3 mil pessoas. Então tivemos que cortar colina e alargar acessos”, diz o gestor, acrescentando que houve a preocupação ainda no papel social e da formação de cultura do novo equipamento. “A cobertura do palco, que é estendida, além de segurar toda a parte de cenotecnia, é também uma sala de aula”, explica, ressaltando que a requalificação manteve características originais, como o formato semi-arena. “A alma e o espirito da Concha foram preservados. A arquibancada e o ‘diamante’, com é chamada a estrutura do palco, são estruturas originais dos anos 50 - tombadas nacionalmente como arquitetura moderna - e foram conservadas. Mas o entorno mudou muito, cresceu bastante, pois um dos maiores investimentos que fizemos foi em tecnologia”, conclui.
 

Foi reformada a área de bar e sanitários e construidos novos camarotes | Foto: Divulgação / Ascom Casa Civil
 
O gestor destacou ainda a importância da construção de um estacionamento, com 360 vagas, dentro do conceito de autogestão, sobretudo no momento de crise pelo qual passa o pais. “Se eu fosse resumir hoje o que seria o Novo TCA, eu diria que a nível de parâmetro, é um complexo que se repensa com foco na autogestão, por isso vai ter estacionamento. Isso é muito importante, porque vai render bastante para os cofres públicos”, avalia Moacyr. “O Teatro Castro Alves faz parte da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e nesses dois anos de obras, é obvio que a gente teve uma redução muito grande da rentabilidade do teatro”, explica Fernanda Tourinho, diretora da Funceb, acrescentando que “com a retomada da Concha e a segunda fase de requalificação, a gente vai ter ai um dínamo que vai nos permitir, por exemplo, enfrentar outros momentos como este de crise”. Na próxima etapa da requalificação do complexo TCA, as obras se estende à Sapa Principal, Sala do Coro, espaços administrativos, foyer, salas de ensaio, restaurante e bilheteria. Além disso, Também está prevista a construção e consolidação do Centro de Referência em Engenharia do Espetáculo, com laboratório cenográfico, biblioteca especializada, sala para cursos e palestras, além da ampliação das instalações de serralheria, carpintaria, canteiro, costura e adereços e acervo de figurino. O Novo TCA prevê ainda a construção de uma sala de cinema com 150 lugares.