Sem fiscalização, taxistas clandestinos atuam no aeroporto de Salvador

Motoristas de carros de passeio e vans têm atuado livremente no Aeroporto Internacional de Salvador, alertou o diretor de relações públicas da Cooperativa de Táxis do Aeroporto (Comtas), Reginaldo Cohim. De acordo com o taxista, o problema já ocorre há anos, mas se agravou em 2010 após o fim do convênio entre a prefeitura e a Secretaria de Segurança Pública (SSP), que permitia que a Polícia Militar autuasse os irregulares. O diretor estima que, por causa da concorrência desleal, as corridas oficiais caíram aproximadamente 50% nos últimos anos. Para tentar reverter a situação, a Comtas denunciou o atendimento dos clandestinos ao Ministério Público Federal na Bahia (MPF-BA) em 2011, mas nenhuma ação foi movida sobre o assunto. Segundo o jornal A Tarde, na última segunda-feira (18) a cooperativa voltou a procurar a procuradoria. Porém, a assessoria do MPF-BA informou que o inquérito já foi arquivado. Em nota, o órgão informou que o caso foge da alçada dos procuradores por envolver autoridades públicas estaduais. "A Infraero, única instituição federal relacionada ao caso, foi notificada e justificou-se de forma satisfatória", informou a assessoria. Enquanto isso, um taxista que não quis ser identificado afirma que a atuação dos clandestinos continua "escancarada", na frente dos agentes de fiscalização. "Não é uma prática escondida. Essas pessoas trabalham abertamente, dentro do saguão, abordando os passageiros e oferecendo serviços de transporte particular, de forma inconveniente, a metros da Polícia Militar e da Transalvador", denuncia o profissional.