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Grupo acusa Takemoto de utilizar MPL em video do PT; militante não vê incoerência política

Por Maria Garcia

Grupo acusa Takemoto de utilizar MPL em video do PT; militante não vê incoerência política
Foto: Reprodução/Facebook
Recentemente filiado ao PT, o militante mais conhecido do Movimento Passe Livre (MPL), Walter Takemoto (PT) foi alvo de um turbilhão de críticas na última sexta-feira (22) pelo Coletivo Tarifa Zero de Salvador. A organização civil, que também defende o passe-livre para o transporte público, publicou na página do Facebook a acusação de que Takemoto estaria se aproveitando de sua participação no grupo – que, segundo o coletivo, seria “pouco combatível”– para “vender seu peixe”. Segundo os manifestantes, ele ainda teria se promovido como “liderança” do MPL para angariar votos ao apadrinhado de Jaques Wagner nas eleições deste ano para o governo da Bahia, o candidato Rui Costa (PT). Toda essa acusação advém de um programa gravado pelo Takemoto ao Papo Comun1qu3, canal do Youtube dos petistas, e publicado na última quinta-feira (20) em que o militante se identifica como membro do movimento e faz críticas à gestão do prefeito ACM Neto, incluindo o processo de edital de licitação do transporte público. “Em franca campanha eleitoral e defendendo o Governo Wagner – o mesmo que comanda a polícia que chacina na Periferia e reprime no Centro; o mesmo que deixou que nossa cidade, Salvador, chegasse ao caos urbano no qual se encontra junto com tantos outros que agora finge se opor –, o sr. Walter Takemoto não mostra um pingo de constrangimento em usar daquilo que NUNCA construiu”, declara o coletivo em publicação.

Ao Bahia Notícias, Takemoto respondeu que, em nenhum momento no vídeo, colocou-se como líder do MPL e, por isso, não estaria falando pelo movimento. Além disso, ele não vê problema nessa possível incoerência política. "Eu considero que é fundamental que, para  que a sociedade possa se consolidar, todas as pessoas tenham opção de fazer política da forma mais consciente possível, inclusive participar de algum partido", argumentou o membro do MPL. Takemoto não deixou, também, de criticar o Coletivo Tarifa Zero por considerá-lo “antipartidário”, diferente do apartidarismo pregado pelo grupo. “O Coletivo Tarifa Zero é composto por um grupo de pessoas que abandonaram o MPL e, publicamente, são conhecidos como parte das pessoas que no passado se manifestavam contra a presença de qualquer partido ou organização popular nas manifestações nas ruas de Salvador. Eles se autodeclaram apartidários mas, na prática, tem uma atitude antipartidária, o que é ruim para a democracia. Nós sabemos que aqueles que são contra partido tiveram comportamentos autoritários. Os partidos fazem parte de processo de construção democrática”. Filiado novamente ao PT há cerca de um mês e meio, depois de sair do partido em 1991, Takemoto também declarou que não pretende se candidato a vereador nas próximas eleições municipais.