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PT 10 anos: Dilma volta a defender mudança ‘urgente’ no sistema político do país

Por Bárbara Affonso / Sandro Freitas

PT 10 anos: Dilma volta a defender mudança ‘urgente’ no sistema político do país
Fotos: Betto Jr. / Ag. Haack / Bahia Notícias
Durante o discurso no último evento em comemoração aos 10 anos do PT no governo, em Salvador, a presidente Dilma Rousseff voltou a defender a reforma política como resposta às manifestações populares, um dos cinco pactos propostos por ela, e fez questão de ligar a legenda aos movimentos sociais, apesar das críticas que o partido recebeu durante a festa no hotel Bahia Othon Palace (ver aqui, aqui e aqui). A petista começou a falar após quase uma hora de discurso do ex-presidente Lula, bastante aplaudido no auditório. A mandatária deixou um recado para os parlamentares que colocam o Congresso como líder natural do processo e tentam restringir a consulta ao povo com a intenção de fazer um referendo e não um plebiscito, com a apresentação de um projeto pronto, com chance apenas para a população aprovar ou não a alteração. “Que o povo balize qualquer reforma política que iremos fazer. Sabemos que a estrutura política precisa ser mudada e o PT tem o dever de liderar esse processo. A melhoria de vida vem com a reivindicação. Precisamos urgentemente de uma mudança no sistema político brasileiro, como resposta às manifestações. A população tem queixas e isso faz parte do processo de transformação”, disse. Dilma também ressaltou que “os movimento sociais fazem parte do cerne do PT” e revelou a forma como o antecessor lidava com os protestos: “Lula recebia os movimentos e falava: ‘Eu sei que vocês não vieram para agradecer. Qual é a pauta?’". 

O tema do evento também foi abordado pela chefe do Executivo. "A escolha [do assunto] prova que, para o governo, o diálogo com os movimentos sociais é fundamental. Nestes dez anos, fizemos 87 conferências, sendo 27 no meu mandato", informou. "Perguntaram a um ribeirinho para que serve uma conferência e ele disse: 'Para conferir se está tudo nos conformes'", contou. "Isso explica a força dos movimentos. São eles que abrem a boca e avisam: 'Olhe, não está nos conformes'. E muitas realizações do PT nasceram de reivindicações", completou, ao listar como exemplos a criação de novas universidades, as cotas e a chamada Lei das Domésticas. A presidente propôs à militância um "pacto para a verdade" e pediu aos petistas que "não permitam que a manipulação se imponha e que o pessimismo domine". "A inflação está fora de controle? Não é verdade. Em junho, foi de 0,07% – menor que a de maio, que foi menor que a de abril, e vai fechar 2013 na meta. É o décimo ano seguido que está sob controle. Nos quatro anos anteriores ao governo do PT, em três a inflação ficou acima da meta", provocou Dilma, que lembrou Castro Alves e fechou o evento em uma referência ao poeta. "Enquanto honrarmos nossa história e escutarmos as vozes das praças, voaremos mais alto."