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Fábrica de caixões vive dilema por falta de matéria-prima em Santo Antônio de Jesus

Por Francis Juliano

Fábrica de caixões vive dilema por falta de matéria-prima em Santo Antônio de Jesus
Foto: Reprodução / Tribuna do Recôncavo

Uma fábrica de urnas funerárias em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo, que já opera com menos 30% da capacidade, pode ter uma redução ainda maior na atividade. Segundo o proprietário do local, Vanderlei Alves, a situação ocorre devido à falta de matéria-prima, a exemplo de madeira do tipo MDF. Como a Bahia não produz o item em escala, o material vem de fora, de estados como São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

 

Segundo Alves, com a alta do dólar os produtores preferem exportar a madeira, que gera lucro maior. “Eles estão mandando tudo para fora, Europa, Estados Unidos, China, por isso não estamos achando material”, disse ao Bahia Notícias. O empresário - que preferiu não informar o quanto produz no mês nem quanto fatura - disse que, caso a situação se agrave, não descarta fazer cortes nos gastos, o que inclui demissão de funcionários. Na produção das urnas, trabalham em torno de 15 pessoas.

 

"Se continuar assim é aquela coisa, infelizmente vai ter que ter demissões, vai ter que cortar gasto”, diz. No começo do ano, Alves contou que deu férias coletivas para grupos de funcionários, como forma de fazer alguma economia. Enquanto reduz a produção, a demanda das funerárias só cresce com a disparada de mortes por Covid-19.

 

Só nesta quinta-feira (8) foram 125 óbitos registrados na Bahia (ver aqui) e no Brasil houve novo recorde, 4.249 perdas humanas em 24h (clique aqui). A pressão das funerárias faz com que a fábrica peça um tempo maior para entregar as mercadorias.

 

“A gente pede um prazo maior. Porque o material que chegava antes em 15 dias, passou a chegar de três a quatro meses”, afirma. A fábrica de Santo Antônio de Jesus fornece urnas para todas as regiões da Bahia.