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Jequié: Ocupação de estudantes em escola ameaçada de fechamento passa de 10 dias

Por Ailma Teixeira

Jequié: Ocupação de estudantes em escola ameaçada de fechamento passa de 10 dias
Foto: Blog Marcos Frahm

A ocupação de estudantes no Colégio Estadual Maria José de Lima Silveira, em Jequié, já dura 13 dias e não tem previsão de acabar. Os alunos têm contado com doações dos moradores da região e definiram um esquema de revezamento para garantir a permanência do grupo na escola.

 

Eles começaram a acampar quando receberam o anúncio de que o colégio fecharia às portas com a transferência do prédio, gerido pelo governo do estado, para a administração municipal.

 

Com isso, alunos, pais e professores tentam reverter a situação, garantindo com isso a manutenção do ensino integral no nível Médio e também do curso noturno do programa de Educação para Jovens e Adultos.

 

"Seguimos no revezamento, dormindo com cerca de 25 estudantes [na escola], contudo, todos os dias novas pessoas aderem à causa. Pais e responsáveis visitam o colégio o tempo todo, prestando seus serviços e colaborando com doações", conta Bruna Oliver, aluna da escola, ao Bahia Notícias.

 

Ela ressalta ainda que a comunidade estudantil busca uma reunião com o secretário de Educação, Jerônimo Rodrigues, o que até hoje não aconteceu. Já a pasta afirma que tem discutido a viabilidade de transferência dos alunos para os Colégios Modelo, Estadual de Jequié (antigo Polivalente) e o Colégio da Polícia Militar (saiba mais aqui).

 

SEM INTERFERÊNCIA

Diferente do ocorrido em Salvador, no Colégio Estadual Odorico Tavares (veja aqui), a manifestação em Jequié não foi impactada pela ação da Polícia Militar (PM). De acordo com Bruna, a "SEC garantiu que não haveria intervenção da polícia".

 

Mas, apesar das semelhanças com o caso da capital baiana, onde os estudantes também lutam pelo não-fechamento da escola, a aluna ressalta que não há vínculo entre os dois protestos, pois "se tratam de movimentos diferentes".

 

Em Jequié, os estudantes são contra a municipalização da escola porque argumentam que não há outra unidade de ensino com as mesmas competências para abrigá-los, a exemplo do EJA e do ensino integral. Já em Salvador, a discussão é contra o fechamento da escola, cujo prédio o governo Rui Costa (PT) quer vender para a iniciativa privada (saiba mais aqui).