Vídeo mostra descarte ilegal de óleo recolhido em Maraú; prefeitura nega envolvimento

O vídeo de uma mulher pilotando uma moto e se deslocando até uma área onde supostamente seria um "lixão" nas proximidades de um mangue, em Maraú, acusa a prefeitura municipal de descartar irregularmente o material oleoso que foi retirado das praias da região.

 

"Isso é um crime ambiental sem precedentes", narra a autora do registro videográfico logo no primeiro trecho. Sacos plásticos aparecem no vídeo. Os quais, segundo a moça, foram resultantes do trabalho de remoção das pelotas de petróleo bruto da costa por equipes de voluntários.

 

O material, vale lembrar, é tóxico e pode causar reações adversas ao corpo das pessoas que o manejam incorretamente ou qualquer tipo de ser vivo que tenha contato com ele.

 

A pessoa que fez o vídeo relata ainda que a gestão municipal recebeu uma verba que não está sendo utilizada. "Eles enviam duas, três pessoas só para filmar a gente trabalhando e dizer que eles estão limpando, o que não é verdade", disse, instantes antes de afirmar que o óleo estava fazendo com que ela passasse mal.

 

O QUE DIZ A PREFEITURA
Procurada pelo Bahia Notícias, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Maraú informou que tem seguido uma recomendação do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e está alocando todo o material em um galpão coberto, no município. A responsabilidade do descarte seria do governo estadual, que está licitando a empresa que irá executar o serviço.

 

A situação flagrada pelo vídeo foi provocada, segundo a pasta, "por algumas pessoas que estavam transportando o referido material". E complementou: "assim que tomou conhecimento do fato, a prefeitura entrou com as devidas providências. Neste momento as máquinas da prefeitura estão removendo o óleo e colocando no galpão, como foi orientado pelo Inema". 

 

A secretaria negou a acusação de que haja alguma verba destinada para a limpeza da costa e disse que 40 pessoas estão sendo empregadas na operação de retirada do óleo - junto com a participação de populares, prepostos do Corpo de Bombeiros, Marinha, Defesa Civil e Associação dos Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc). 

 

A existência de um "lixão", sobretudo em uma área de mangue, no entanto, não foi esclarecida pela gestão municipal.

 

Veja o vídeo: