Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

Fumar aumenta risco para o Covida-19 e incidência de câncer de pulmão cresce entre mulheres 

Fumar aumenta risco para o Covida-19 e incidência de câncer de pulmão cresce entre mulheres 

 

O hábito de fumar está cada vez menos comum na população brasileira. Segundo pesquisa do Ministério da Saúde de 2019, 9,3% dos brasileiros afirmavam ser fumantes em 2018 contra 15,6% em 2006. Nos últimos 13 anos, a quantidade de fumantes no país caiu 40%. O dia 29 de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Fumo, data de mobilização e alerta a respeito dos danos causados pelo hábito de fumar. 

Os dados são positivos e a queda do consumo de tabaco no Brasil continua sendo tendência. Porém, em tempos de pandemia do novo coronavírus, o cigarro é um fator que gera preocupação. Os fumantes têm maiores riscos de complicações se infectados com a Covid-19, como maior chance de mortalidade, maior taxa de internação em UTI e consequentemente maior risco de intubação. 

Apesar da queda no consumo de tabaco por parte dos adultos, há uma outra questão que necessita de atenção. O consumo de cigarros eletrônicos pelos jovens vem crescendo nos últimos anos, e é grande fator de risco para o novo coronavírus. Segundo um estudo recente da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, jovens que usam aparelhos eletrônicos para fumar, como os vaporizadores, têm até sete vezes mais risco de pegar Covid-19. O estudo aponta que a vaporização compromete o sistema respiratório e a imunidade. Dentre os pesquisados, aqueles que fumaram nos últimos 30 dias apresentaram tosse, febre, cansaço e dificuldade para respirar. 

O cigarro é o principal fator de risco para câncer de pulmão e também implica no aumento da incidência de outros tipos de neoplasia, como tumores de bexiga, pâncreas, cabeça e pescoço e esôfago. "O tabagismo é fator de risco para inúmeras doenças e complicações cardiovasculares. É muito importante que o tabagista pare de fumar o quanto antes. A longo prazo, uma pessoa que abandona o tabaco vai diminuindo as chances de contrair essas doenças e, entre 20 e 30 anos, o risco do câncer de pulmão é próximo ao de uma pessoa que nunca fumou", explica o Dr. Carlos Teixeira, oncologista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. 

Incidência de câncer de pulmão no mundo aumenta entre as mulheres 

Com 2,1 milhões de casos descobertos em 2018, o câncer de pulmão é o tipo de tumor mais prevalente no mundo. A doença também ocupa o primeiro lugar entre os cânceres que acometem os homens em todo o planeta, representando 14,5%. Nas mulheres, é o terceiro em incidência, com 8,4% dos casos, atrás apenas do câncer de mama (24,2%) e de cólon e reto (9,5%). Entretanto, nos últimos anos, tem-se observado um aumento das taxas de incidência da enfermidade no sexo feminino. De acordo com a Sociedade Americana de Câncer, os índices de diminuição deste tipo de tumor têm sido duas vezes mais rápidos nos homens do que nas mulheres, uma situação relacionada aos padrões de adesão e abandono do tabagismo. 

No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 30 mil novos casos de câncer de pulmão por ano, sendo 17.760 em homens e 12.440 em mulheres. "Um grande desafio em relação ao câncer de pulmão é o estigma. Como grande parte dos casos está associadaao cigarro, muitas vezes um olhar de culpa e desconfiança pesa sobre os pacientes, mesmo quando eles não fumam, o que dificulta o diagnóstico precoce da doença", afirma Márjori Dulcine, diretora médica da Pfizer Brasil. 

A falta de conhecimento representa um desafio significativo no combate à enfermidade. Em muitos casos, o câncer de pulmão tem diagnóstico tardio porque os sintomas, como tosse, escarro com sangue e falta de ar, podem confundir os pacientes, que decidem não procurar atendimento médico por achar que é algo simples