Juiz que decretou prisão de Milton Ribeiro viu risco à investigação com ex-ministro solto
por Fernando Duarte / Lula Bonfim

O juiz Renato Coelho Borelli, da 15ª Vara Federal de Brasília, que decretou a prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, na última quarta-feira (22) em Santos-SP (saiba mais aqui), entendeu que, soltos, os suspeitos ofereciam riscos à investigação, devido à influência política dos investigados.
“Resta comprovada a existência do periculum libertatis [expressão em latim que significa liberdade perigosa] eis que os investigados, em espécie de 'gabinete paralelo', estavam inseridos no contexto político do país ao ocuparem cargos de destaque no Poder Executivo federal, o que lhes possibilita proceder de forma a interferir na produção, destruição ou mesmo ocultação de provas que podem ser úteis ao esclarecimento de toda a trama delitiva”, argumenta Borelli, no texto da decisão.
Segundo o magistrado, outras decisões cautelares diferentes da prisão seriam “inadequadas e insuficientes” para impedir que os suspeitos utilizassem suas influências políticas para interferir nas investigações.
A decisão de Borelli, entretanto, já foi derrubada nesta quinta-feira pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), através do desembargador Ney Bello, que, diferentemente de Borelli, entendeu que medidas cautelares diversas da prisão seriam mais adequadas do que a prisão (saiba mais aqui).
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