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Faroeste: Desembargadora desiste de todas testemunhas intimadas para depor a seu favor

Por Cláudia Cardozo

Faroeste: Desembargadora desiste de todas testemunhas intimadas para depor a seu favor
Foto: Divulgação

A desembargadora Maria da Graça Osório Pimentel Leal, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e investigada na Operação Faroeste, desistiu da oitiva de todas as 16 testemunhas arroladas por ela para depor em seu favor na Ação Penal 940, que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A desembargadora é acusada pelo Ministério Público Federal (MPF) de vender a primeira sentença que deu origem a organização criminosa formada para obtenção de terras no oeste baiano.

 

A oitiva das testemunhas estava prevista para ocorrer nesta quinta-feira (10) e sexta (11). Entre as testemunhas, estavam desembargadores do TJ-BA. A sobrinha da desembargadora, Karla Janayna Leal, também desistiu da oitiva das testemunhas. Até o fim do mês de junho, ainda prestarão depoimentos testemunhas da desembargadora Maria do Socorro Santiago e do juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio (veja aqui).

 

Informações obtidas pelo Bahia Notícias indicam que a desistência é em decorrência de uma suposta delação firmada por Maria da Graça Osório e da sobrinha. Firmando uma colaboração premiada, as rés poderão contribuir com os rumos da investigação iniciada em novembro de 2019 e obter vantagens para diminuir eventuais penas em caso de condenação. 

 

Porém, em nota enviada ao BN, a defesa da desembargadora informou que "nunca se cogitou - e nunca se cogitaria - a possibilidade de que, no âmbito da denominada Operação Faroeste, fosse firmada uma delação premiada ou celebrado qualquer espécie de acordo com o Ministério Público Federal".

 

O texto reforça que não há "e nem haverá" delação premiada de Maria da Graça Osório Pimentel neste caso, "haja vista que não cometeu crime algum, não havendo, assim, absolutamente nada a delatar".

 

"A defesa optou por desistir das testemunhas considerando a fragilidade da acusação, considerando que não foram reunidas provas pela acusação, considerando que a demora do processo já é uma pena para uma ré inocente", adiciona o texto da defesa. (Atualizado às 19h42)