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Órfã que cuida de três irmãs é emancipada para receber apartamento em Salvador

Órfã que cuida de três irmãs é emancipada para receber apartamento em Salvador
Foto: Divulgação

Através de uma ação da Defensoria Pública da Bahia (DP-BA), quatro irmãs órfãs de Salvador conseguiram deixar de morar em um barraco em São Marcos, em Salvador, para viver em um apartamento. As irmãs perderam os pais e a irmã mais velha. Com isso, a jovem Ruana Ferreira da Silva, de 17 anos, foi emancipada para cuidar das três irmãs menores.

 

“Eu perdi a minha mãe e a minha irmã mais velha, então fiquei sozinha, menor de idade, com minhas três irmãs mais novas e o meu filho. Pedi tanto a Deus que ganhasse esse apartamento pois eu estava em um sufoco no barraco. Não tinha como dormir, não tinha como viver. Entrava cobra, rato e todo tipo de bicho. Então, eu pedi a Deus e ele realizou o meu sonho”, desabafou Ruana.

 

A Defensoria Pública do Estado da Bahia foi acionada pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), de Salvador, a fim de que fosse verificada a possibilidade de emancipação de Ruana Ferreira. Desta forma, a adolescente poderia se tornar beneficiária de uma das 128 unidades habitacionais das obras de urbanização integrada, realizadas na área, pela Seinfra, com recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS).

 

O caso foi alocado no Projeto Acolher, da DP-BA, e acompanhado de perto pela então assistente social da Instituição, Daiane Barreto. A profissional explica que, à época, Ruana Ferreira não tinha telefone próprio e o contato com a Defensoria Pública, inicialmente, ocorria por meio de um líder comunitário, o que dificultava a plena comunicação com a família. A assistente social foi até o local para verificar a situação da jovem.

 

Foi constatado que Ruana assumiu a responsabilidade da família, guardava todos os documentos das irmãs e do filho, incluindo cartão de vacinação, bem como se apresentava ao posto de saúde para tratar das demandas de todos. Segundo a adolescente, as irmãs frequentam a escola, situação que foi interrompida somente por conta da pandemia do coronavírus. Foi necessário emancipar Ruana para garantir a contemplação do imóvel.