Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Justiça
Você está em:
/
/
Geral

Notícia

AGU deve explicar verba para influenciadores propagarem 'tratamento precoce'

AGU deve explicar verba para influenciadores propagarem 'tratamento precoce'
Foto: Reprodução/UOL

A Justiça Federal de São Paulo deu 72 horas para a Advocacia Geral da União (AGU) responder a uma Ação Civil Pública que pede a devolução dos recursos pagos em janeiro pela Secretaria de Comunicação do governo para que influenciadores divulgassem nas redes sociais o “atendimento precoce” nos casos de Covid-19. A AGU representa o governo federal na Justiça. 

 

Segundo reportagem do UOL, O dinheiro saiu da campanha publicitária "Cuidados Precoces Covid-19", a qual teve verba de R$ 19,9 milhões, de acordo com a Agência Pública. 

 

Desse montante, R$ 85,9 mil foram destinados ao cachê de 19 "famosos" contratados para divulgar a campanha em redes sociais, incluindo quatro influenciadores, que dividiram um total de R$ 23 mil para defender o "atendimento precoce”. 

 

No roteiro de publicidade, o governo orientava a ex-BBB Flávia Viana (2,5 milhões de seguidores) e os influenciadores João Zoli (747 mil), Jéssika Taynara (309 mil) e Pam Puertas (151 mil) a publicarem seis stories no Instagram afirmando aos seguidores ser "importante que você procure imediatamente um médico e solicite um atendimento precoce" caso sentissem sintomas da covid-19.

 

Nem o briefing da ação, nem as postagens dos influenciadores contratados traziam menção ao "tratamento precoce" para covid-19 com uso de medicamentos como cloroquina e ivermectina, diz a Agência Pública. Mas na campanha oficial sobre "atendimento precoce" veiculada nos sites do governo, os termos "atendimento" e "tratamento" se confundem.

 

Na última segunda-feira, o Ministério Público de Contas, que atua perante o TCU (Tribunal de Contas da União), pediu ao governo federal que informe a fonte de recurso usada para pagar a campanha de publicidade. 

 

Para o subprocurador-geral do MP de Contas, Lucas Furtado, a campanha é "vergonhosa e dissimulada”.