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Faroeste: TJ-BA renomeia servidora que testemunhou contra desembargadora presa

Por Cláudia Cardozo

Faroeste: TJ-BA renomeia servidora que testemunhou contra desembargadora presa
Foto: Cláudia Cardozo / Bahia Notícias

O presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargador Lourival Trindade, renomeou a servidora Carla Roberta Viana de Almeida para o cargo de assessor de desembargador no gabinete da juíza convocada Maria do Rosário Passos Calixto. Ela é esposa do advogado Júlio César Cavalcanti, delator no âmbito da Operação Faroeste, que investiga esquema de venda de sentenças no Judiciário baiano.

 

 Em dezembro do ano passado, ela havia sido exonerada e havia causado revolta em membros da operação (saiba mais). A renomeação foi publicada na segunda-feira (15). Nesta terça-feira (16), o presidente do TJ fez uma correção da nomeação para ocupação de um cargo maior no gabinete, compatível com a que Carla ocupava quando foi exonerada.   

 

Carla era assessora da desembargadora Lígia Ramos e sua colaboração com o Ministério Público Federal (MPF) foi um dos fatores que levou à prisão da magistrada nas 6ª e 7ª fases da Faroeste, deflagradas no dia 14 de dezembro. Atualmente, ela é testemunha protegida da Justiça. 

 

A servidora comissionada revelou aos investigadores a existência de uma “agenda rosa” com processos de interesse da suposta quadrilha comandada pela juíza. Ela também relatou ter sido intimidada pela desembargadora a apagar provas de seu envolvimento com a venda de decisões judiciais. 

 

Carla contou que Lígia teria ido pessoalmente à residência dela, no intuito de pedir que fossem apagadas as listagens de processos “que ela pedia preferência” – isto teria acontecido após a magistrada saber pela imprensa do acordo de colaboração premiada firmado por Júlio César. 

 

Lígia teria afirmado que possuía informações privilegiadas de que mais uma etapa da força-tarefa da Faroeste seria deflagrada e, portanto, o gabinete dela poderia ser alvo. A defesa de Lígia Ramos afirma que as ilações de Carla “não condizem com a verdade dos fatos e os esclarecimentos serão dados no processo”. A defesa da desembargadora rechaça qualquer possibilidade de existência de “agenda rosa” ou de que houve tentativa de intimidação da ex-funcionária do TJ.